Funcionário de escola no Barreiro é preso por suspeita de abuso sexual contra menino

Monitor de informática terceirizado foi detido na casa da família da criança de 12 anos e teve o contrato rescindido. Ele nega o crime

Rodrigo Melo

O monitor de informática de uma escola do Barreiro, em Belo Horizonte foi preso em flagrante, na noite dessa terça-feira, sob acusação de abusar sexualmente de um menino de 12 anos, aluno da unidade de ensino.

O homem, de 20 anos, foi encontrado por um tio da vítima na garagem da casa da família do menino.

O acusado é vizinho e conhecido da família da vítima. Segundo o tio da criança, em relato do boletim de ocorrência da Polícia Militar (PM), ao sair à varanda da casa, ele viu uma mochila e escutou gemidos vindos da garagem. Quando chegou ao local, confrontou o homem, que fugiu pulando um muro do imóvel, deixando para trás a mochila com um notebook e um celular. O tio do menino disse que chamou outros familiares, que perseguiram o monitor, mas não conseguiram alcançá-lo.

Pouco tempo depois, o homem voltou com roupas diferentes para tentar recuperar os pertences. Ele foi contido pelos familiares do garoto, que filmaram parte da confusão, até a chegada dos militares. De acordo com os policiais, o homem negou que tenha abusado do menino. Disse que foi à casa porque queria dar conselhos ao menino, que faltou à aula no dia.
No momento da prisão, o suspeito disse que estaria disposto a fazer exames para comprovar que não cometeu o crime.

A ocorrência foi encerrada na delegacia de plantão local e encaminhada até a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depcad). As investigações serão comandadas pela delegada Iara França. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, o acusado ficou em silêncio e foi levado até uma unidade prisional da Grande BH.

Em nota a Secretaria Municipal de Educação (Smed) informou que o monitor de informática não é funcionário de carreira da unidade de ensino. "Ele prestava serviços na Escola Integrada como contratado e, após o registro do caso, teve seu contrato rescindido", disse o texto. A secretaria destacou também que o jovem não participava das aulas com o monitor e que, "ainda que o ocorrido se deu fora do ambiente escolar, já tomou as medidas cabíveis, como atendimento psicológico para o estudante e a dispensa do profissional."

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