Com ramificações em São Paulo e em outros estados, a organização tinha em sua hierarquia, segundo as apurações, dois líderes em dois núcleos distintos, mas com atuação coordenada. Um deles ficava em Alfenas e o outro em Monte Santo de Minas, também no Sul do estado. Segundo o MPMG, interceptações telefônicas feitas pela PF teriam apontado a função que cada um dos denunciados ocupava no grupo.
Uns eram responsáveis pela logística, controle de estoque das armas e das drogas e pela segurança dos locais usados para armazenar os produtos ilícitos. Outros atuavam na comercialização e na reembalagem da droga e no transporte do dinheiro, das mercadorias e das armas. Havia ainda uma pessoa responsável por conseguir cédulas de identidade falsas para um dos líderes da organização.
Várias operações policiais foram realizadas em 2015. Uma delas, a Tejuco, realizada pela PF, conseguiu apreender, num imóvel alugado em Alfenas por um dos denunciados, 37kg de maconha, 60kg de cocaína, além de ecstasy (droga sintética), balanças de precisão, liquidificador, prensa e pinos de plástico usados para embalar cocaína. O local, segundo a PF, era utilizado para produção e refino das drogas.
No mesmo endereço, foram encontradas munições, uma pistola calibre nove milímetros e três bananas de dinamite.
Uma ação policial apreendeu em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, um carregamento de 3,5t de maconha do grupo, que seguiria para Sergipe. A organização usava, conforme as investigações, a empresa transportadora de um de seus integrantes para fazer a distribuição dos entorpecentes e o transporte das armas entre os estados e os municípios.
Alguns integrantes do grupo estão presos em Alfenas e outros em Ribeirão Preto. Há também foragidos e uma pessoa em prisão domiciliar..