Equipes de agentes de combate a endemias e técnicos da Defesa Civil continuam nesta quinta-feira a série de entradas forçadas em imóveis fechados para combate ao mosquito Aedes aegypti. Nesta manhã, é realizada a vistoria em um imóvel na Rua Janaitiba, Bairro São Geraldo, na Região Leste de Belo Horizonte. À tarde, uma equipe vai entrar em uma casa na Rua Benvindo Guimarães, no Bairro Nova York, Região de Venda Nova.

A primeira ação na capital foi realizada na quarta-feira no Bairro São Pedro, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. No imóvel, abandonado há quatro anos, foram encontrados sete focos potenciais do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, sendo dois deles com larvas.

Em 29 de janeiro, devido ao iminente perigo à saúde pública pela proliferação do mosquito Aedes aegypti, a presidente Dilma Rousseff assinou uma medida provisória (MP) para garantir o cumprimento de ações de controle do vetor da dengue, febre chikungunya e zika. Entre as medidas descritas pela MP 712 está a autorização para a entrada forçada em imóveis públicos e particulares abandonados ou com ausência dos moradores.

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) pretendia cumprir as vistorias nesses locais contando com o apoio do Ministério Público para viabilizar ações na Justiça. Mas com a formulação da MP pela presidente da República, o trabalho direto da administração pública encontrou respaldo legal. A medida provisória diz que o ingresso forçado deve preservar a integridade do imóvel.

Na última terça-feira, o governador Fernando Pimentel (PT), anunciou que o comitê gestor de enfrentamento à doença vai se reunir com secretários municipais de Saúde e prefeitos para deflagrar uma operação com o objetivo de entrar em todas as residências do estado. (Com informações de Guilherme Paranaíba e João Henrique do Vale).