Manifestantes interrompem ferrovia em Tumiritinga contra Samarco

Protesto começou por volta das 14h e ainda não conta com previsão para liberação

Flávia Ayer

A Estrada de Ferro Vitória a Minas, operada pela Vale, acaba de ser liberada pelos manifestantes.

A ferrovia ficou interrompida das 14h às 17h30 por causa de protesto de moradores de Tumiritinga contra a mineradora Samarco. Às margens do Rio Doce, o município foi afetado pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana, empresa controlada pelas mineradoras Vale e BHP Billiton.

Em novembro, também houve a interrupção da ferrovia pela população, que cobrava a recuperação do rio e assistência aos ribeirinhos. Durante as mais de três horas, passageiros ficaram sem saber como a viagem se seguiria.

De acordo com uma das passageiras do trem, que estava parado em Governador Valadares, Maria José Rosa Carvalho, de 72 anos, a informação divulgada pela Vale era de que não seria possível continuar a viagem de trem.

“Parece que vem um ônibus de Ipatinga buscar os passageiros e levar até Conselheiro Pena, pois tem um trem esperando para seguir até Aimorés”, afirma a aposentada. Ela saiu às 7h30 de Belo Horizonte e estimava chegar às 17h ao seu destino, Aimorés, no Leste de Minas. Segundo a Vale, com a liberação da ferrovia, não foi necessário usar ônibus no transporte de passageiros. A Vale esclare também que as reivindicações não têm relação com a operação da Estrada de Ferro Vitória a Minas.

Em nota, a Samarco esclarece que continua priorizando as ações para diminuir impactos do rompimento da barragem em Mariana. "Desde a passagem da pluma de turbidez pelo Rio Doce, a empresa tem desenvolvido ações de abastecimento e monitoramento da qualidade da água nas diversas cidades ao longo do Rio Doce".

Segundo a empresa, ela mantém diálogo constante com a população de Tumiritinga, atesta que tem distribuído água mineral e que a água distribuída no sistema de abastecimento é potável.

 

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