A criança não apresentava qualquer deficiência até ser vítima de um erro médico, quando tinha 1 ano e meio, ficando 12 minutos sem respirar. Desde então, o plano de saúde responsável pelo procedimento que gerou o problema fornece acompanhamento 24 horas para a criança. A menina respira com ajuda de traqueostomia e recebe alimentação por sonda. Ela não fala e não anda.Três cuidadoras, de uma empresa terceirizada pelo plano de saúde, se revezavam nos cuidados com a menina em escala de plantão, entre elas, Rosânia.
Segundo a delegada Iara França, antes do Natal a família notou hematomas no corpo da menina, além de um comportamento arredio.
Veja imagens das agressões
Nas quatro horas de gravação, Rosânia dá tapas, sacode a criança ao recolocar a mangueira da traqueostomia e é vista tocando as partes íntimas da vítima. Conforme a delegada Iara, a Polícia Civil analisou as imagens e um perito foi até a residência da família, constatando que não havia possibilidade de a criança ter se autoflagelado, por causa dos problemas para se movimentar. O caso foi encerrado em 21 de janeiro, quando foi solicitada a prisão preventiva da mulher.
Depois que o caso veio à tona, o plano de saúde contratou outra empresa para prestar assistência médica à criança, mas manteve as outras duas cuidadoras que já acompanhavam a menina.
Durante a apresentação, Rosânia negou os abusos sexuais, mas caiu em contradição várias vezes, e disse que a mãe da menina maltratava as cuidadoras. Ainda conforme a Polícia Civil, Rosânia pode responder por estupro de vulnerável e furto.
Em nota, a Unimed informou que uma equipe, integrada por médicos e outros profissionais de saúde da cooperativa, está em contato permanente com a família e acompanha a rigorosa apuração dos fatos. A técnica de enfermagem, que atuava em serviço credenciado para o atendimento, foi imediatamente afastada de suas funções, de acordo com a empresa. Segundo a Unimed, toda a assistência adequada ao quadro clínico da criança segue normal.