A estudante Débora Maranhês, de 15 anos, encontrada na madrugada desta segunda-feira em João Monlevade, Região Central do estado, depois de ficar dois dias desaparecida, recebeu alta nesta tarde do Hospital Margarida. Pessoas ligadas à garota, que não quiseram se identificar, informaram que ela está lúcida e mais tranquila. Além disso, apresenta hematomas nos braços.
A adolescente deu entrada na unidade de saúde por volta das 11h. Ela passou por uma bateria de exames de imagem, que não constataram nenhuma fratura. A estudante, segundo a assessoria de imprensa do hospital, sofreu apenas escoriações. A menina deixou o local às 16h, acompanhada de familiares.
A Polícia Civil já investiga as circunstâncias do desaparecimento da estudante.
Ainda segundo a Polícia Civil, a equipe já está em contato com a família e Débora foi convidada a comparecer a uma delegacia para prestar depoimento, a fim de apurar detalhes do crime. No entanto, não se trata de uma intimação, já que ela é vítima. “O depoimento prestado por vítimas de casos de desaparecimento depois da localização é necessário para a verificação de ocorrência de crimes, por isso é importante que a família informe a polícia sobre a localização ou retorno voluntário da vítima para casa”, explica a Polícia Civil.
Entenda o caso
Débora saiu de casa por volta das 14h de sábado para ir ao cinema com as amigas. De lá, o grupo seguiu para a Praça da Liberdade, onde encontrou outras adolescentes. "Na volta para casa, uma amiga dela me contou que as duas seguiram a pé até o ponto de ônibus. Essa amiga disse que minha filha entrou no ônibus", conta Sandra.
O último registro era de que a adolescente pegou um ônibus da linha 4111 (Dom Cabral/Anchieta) na volta para casa, às 20h30, na Avenida Cristóvão Colombo, na Região da Savassi.
A família recebeu notícias da adolescente durante a madrugada. Segundo a mãe, Sandra Maranhês, Débora contou que foi assaltada por dois homens armados dentro do ônibus e forçada a entrar em um carro. “Ela foi abandonada no meio da estrada, andou muito, até chegar mesmo a Monlevade. Bateu em algumas portas até que um filho de Deus resolveu abrir e ligou para a polícia”, conta.
De acordo com Sandra, policiais militares foram até a casa onde a adolescente estava abrigada, no Bairro Nova Esperança, e a levaram ao quartel, onde as duas se encontraram nesta manhã. .