PM prende 14 flanelinhas em operação no Centro de BH

Os guardadores de carro atuavam no entorno do Minascentro

João Henrique do Vale
Operação da Polícia Militar (PM) no entorno do Minascentro, em Belo Horizonte, já prendeu 14 flanelinhas na noite desta segunda-feira.
A ação foi montada depois que participantes de um evento no local fizeram denúncias contra a atuação dos guardadores de carros na região. Os presos serão encaminhados para a Central de Flagrantes da Polícia Civil (Ceflan).

Pouco tempo depois de ser acionada pelos participantes do evento, a PM conseguiu montar um cerco no Centro para chegar até os infratores. “Decidimos montar uma operação rápida para dar tranquilidade aos participantes”, explica o tenente Pablo Nunes. “Estamos abordando as pessoas que estão envolvido nessa atividade ilegal”, completou.

Como o Estado de Minas mostrou na última terça-feira, apenas os flanelinhas cadastrados pela Prefeitura de Belo Horizonte, lavadores e guardadores de veículos tomam conta de 50% das vias dentro da Avenida do Contorno. A conta não inclui flanelinhas que atuam à margem da lei e estão expandindo suas atividades para bairros como o Buritis, na Região Oeste da capital, em momento em que o registro oficial de pessoas desempenhando a atividade vem diminuindo.
Para o sindicato da categoria, esse movimento é uma indicação de que faltam fiscalização e políticas para que os cadastrados assumam apenas um quarteirão, o que estimula os que preferem agir sem registro, em várias vias e locais de eventos, como os estádios Mineirão e Independência. A PBH considera que o contingente em atividade tem se mantido estável, mas só computa os registrados regularmente.

A Secretaria Municipal de Administração Regional Centro-Sul, por exemplo – que registra mais lavadores e guardadores –, chegou a ter 2.719 cadastrados nas ruas de sua circunscrição, mas atualmente conta com 1.131. Ou seja, desde 1999, quando o programa começou, 1.588 pessoas deixaram o cadastro. .