Operação da Polícia Militar (PM) no entorno do Minascentro, em Belo Horizonte, já prendeu 14 flanelinhas na noite desta segunda-feira. A ação foi montada depois que participantes de um evento no local fizeram denúncias contra a atuação dos guardadores de carros na região. Os presos serão encaminhados para a Central de Flagrantes da Polícia Civil (Ceflan).
Como o Estado de Minas mostrou na última terça-feira, apenas os flanelinhas cadastrados pela Prefeitura de Belo Horizonte, lavadores e guardadores de veículos tomam conta de 50% das vias dentro da Avenida do Contorno. A conta não inclui flanelinhas que atuam à margem da lei e estão expandindo suas atividades para bairros como o Buritis, na Região Oeste da capital, em momento em que o registro oficial de pessoas desempenhando a atividade vem diminuindo. Para o sindicato da categoria, esse movimento é uma indicação de que faltam fiscalização e políticas para que os cadastrados assumam apenas um quarteirão, o que estimula os que preferem agir sem registro, em várias vias e locais de eventos, como os estádios Mineirão e Independência. A PBH considera que o contingente em atividade tem se mantido estável, mas só computa os registrados regularmente.
A Secretaria Municipal de Administração Regional Centro-Sul, por exemplo – que registra mais lavadores e guardadores –, chegou a ter 2.719 cadastrados nas ruas de sua circunscrição, mas atualmente conta com 1.131. Ou seja, desde 1999, quando o programa começou, 1.588 pessoas deixaram o cadastro.