O caso ocorreu na madrugada do último sábado e ganhou repercussão nas redes sociais. De acordo com o boletim de ocorrência, Marcelle Henrique de Ávila, de 20 anos, relatou que Weslley Santos Soares, de 28, agrediu algumas pessoas que estavam participando de uma festa na República Pif Paf.
Ainda de acordo com a universitária, o rapaz estava constrangendo algumas mulheres ao tentar agarrá-las e beijá-las à força. Marcelle disse aos militares que chegou a conversar com o homem e pediu que ele desse fim ao assédio às meninas. Exaltado, Soares segurou a jovem pelos braços e a empurrou, além de ter tentado beijar a moça.
Em seguida, o rapaz se aproximou da universitária Mariana Carvalho Araújo, de 23, e começou a assediá-la. Marcelle interveio para conter o homem, que reagiu e a agrediu com um soco no olho esquerdo.
A estudante Nara Hangai Costa, de 23, que também estava na festa na República Rebu, foi socorrer as vítimas, mas acabou sendo agredida com um soco no queixo. Após as agressões, Weslley Soares ainda quebrou alguns quadros da moradia universitária.
O agressor foi localizado na república Pif Paf, onde recebeu voz de prisão. Ele foi medicado em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e levado em seguida para a delegacia. As meninas que sofreram as agressões também deram entrada na UPA e foram ouvidas pela Polícia Civil. O caso foi registrado pela Polícia Militar como lesão corporal.
Segundo a Polícia Civil, as vítimas foram ouvidas pelo delegado de plantão e confirmaram as agressões e o assédio. O rapaz também prestou depoimento e foi liberado em seguida. Um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) foi registrado por lesão corporal.
O caso está com o Juizado Especial Criminal, que vai definir em uma audiência marcada para o próximo mês a pena para o jovem. A polícia ainda emitiu guias de exame de corpo de delito para o suspeito e para as universitárias.
REVOLTA Em um post na página da repúlica na Facebook, as vítimas divulgaram uma carta de repúdio. Elas agradeceram o apoio da comunidade universitária e de ex-alunos da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). "Neste momento temos que nos unir para dar fim a esse tipo de ato, que infelizmente estamos sujeitas a passar em qualquer tipo de ambiente, mesmo dentro da casa dos nossos próprios amigos. Ninguém merece passar por isso e esse tipo de situação, esse machismo, já passou da hora de acabar", diz o texto.