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Estado de Minas

Paralisação de médicos prejudica atendimento nas unidades de saúde de BH

Espera na UPA Leste pode chegar a 12 horas. Paralisação vai até as 7h de quarta-feira


postado em 23/02/2016 10:44 / atualizado em 23/02/2016 11:42

Pacientes encontraram a UPA Leste lotada nesta manhã(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Pacientes encontraram a UPA Leste lotada nesta manhã (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
A paralisação de 24 horas dos médicos da rede municipal de saúde de Belo Horizonte prejudica o atendimento em algumas unidades nesta terça-feira. A reportagem do EM percorreu alguns locais nesta manhã e constatou desde a falta de profissionais a uma longa espera por atendimento.

Rafael Henrique, de 21 anos, passou pelo acolhimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Leste, mas desistiu de esperar por uma consulta ao ouvir que poderia esperar até oito horas. Ele está com suspeita de dengue. "Eles justificaram essa demora por conta da greve que encheu a UPA. Me orientaram para consumir bastante líquido. Não vou esperar", afirma.

Na UPA Leste, a previsão de atendimento colocada no painel para consultas com um clínico geral é de 12 horas. No Centro de Saúde Mariano de Abreu, Bairro Caetano Furquim, Região Leste de BH, não há médicos nesse momento por causa da paralisação. A UPA Nordeste, no Bairro São Paulo, também está lotada, com longas filas de espera.

Espera para clínico geral na UPA Leste pode chegar a 12 hoars (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Espera para clínico geral na UPA Leste pode chegar a 12 hoars (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)

Mobilizados desde a semana passada, os médicos da rede pública de saúde de Belo Horizonte paralisaram o atendimento das 7h desta terça-feira até as 7h de quarta. Somente urgências e emergências estão sendo atendidas. Conforme o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG), a categoria reclama da falta de estrutura para receber os pacientes nas unidades de saúde, além da falta de medicamentos básicos, como paracetamol, loratadina e buscopan.

No Centro de Saúde Mariano de Abreu não há médicos nesse momento por causa da paralisação(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
No Centro de Saúde Mariano de Abreu não há médicos nesse momento por causa da paralisação (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)

Além disso, eles pedem a recomposição do salário inicial da carreira, recomposição dos abonos, adicional de insalubridade, bem como plantão extrajornada pelo índice oficial de inflação do período entre o último reajuste desses abonos e o ano atual, entre outras reivindicações. 


A Secretaria Municipal de Planejamento informou que vai divulgar uma nota sobre a situação do atendimento e outros detalhes no fim do dia.


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