Cláudia relata que, num intervalo de uma semana, encontrou 10 escorpiões em vários cômodos da casa. Na tarde de quarta-feira, resolveu averiguar o quintal da casa, para verificar de onde os bichos estavam saindo. “Pedi meu marido para levantar uma tábua perto de uns tijolos, de onde saíram vários escorpiões. De imediato, contamos 56.
A manicure disse matou os bichos e aplicou inseticida em todos os cômodos da residência. Cláudia alega que no bairro onde mora sempre aparecem escorpiões. A desconfiança dela é que os animais peçonhentos se proliferam por causa do mato do lixo jogado nas imediações de uma indústria localizada na mesma área. A mulher disse ainda que os seus dois filhos, Keven, de 16, e Sabrina, de 14, já foram picados por escorpiões, mas que não apresentam grandes complicações.
No Hospital Universitário Clemente de Faria, referência para o atendimento de vítimas de animais peçonhentos em Montes Claros, foram atendidos 1.003 casos de picadas de escorpiões, no período de janeiro a novembro de 2015, conforme últimos dados divulgados pela unidade. Durante 2014, foram 1.284 casos de vítimas de escorpiões encaminhados ao hospital.
O médico Matheus Santiago, que trabalha no Hospital Universitário Clemente de Faria, explica que qualquer pessoa ao ser picada por escorpião deve procurar um médico imediatamente. “A grande maioria dos casos de picada de escorpiões tem efeitos leves, com a pessoa sentido dor no local da picada. Mas é recomendado que a vítima seja levada para o hospital, onde deve permanecer por seis horas em observação, a fim de que possa receber um tratamento adequado se ocorrer alguma complicação”, explicou o especialista.
Santiago disse ainda que os casos de picada de escorpiões podem se agravar com o aparecimento de vômitos, náuseas e outras complicações. “É raro acontecer, mas existem situações em que o paciente pode ser levado a óbito se não tratar”, alerta o médico. Ainda segundo ele, o risco maior envolve crianças (até 13 anos) e idosos..