Na sexta-feira, Ronaldo, que mora no distrito de Ravena, em Sabará, aproveitava a fila de carros para vender água mineral e pipoca para motoristas presos no engarrafamento. O trânsito, segundo ele, sempre foi intenso próximo a Roças Novas, no km 426 da rodovia – parte do trecho avaliado pelo TCU –, mas com as obras de duplicação da 381 o fluxo ficou ainda mais lento. “O movimento aqui é forte até 20h”, detalha seu parceiro de vendas na BR, Daniel Silva.
A duplicação, que segue a passos lentos, com várias paralisações e atrasos de pagamentos, é a esperança de quem convive com o perigo no trecho diariamente. O comerciante Rafael José Ferreira tem um ponto no Km 429 e é testemunha de vários acidentes.
O comerciante Marli Fonseca passa constantemente pelo trecho, quando viaja entre Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, e a capital. “Essa parte é muito movimentada. É carro demais. Vira e mexe levo algum susto com fechada de caminhão”, explica. Poucos quilômetros depois do posto onde ele abastecia o carro, uma placa alerta para o perigoso trecho entre os kms 433 e 425: “Trecho com alto índice de acidentes”..