Foram retomadas na manhã deste domingo as buscas por Ana Alice Costa Martins, de 8 anos, que foi arrastada por uma enxurrada durante a chuva em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A menina foi levada até tubulações subterrâneas que escoam a água. O avô dela também foi levado pelas águas, mas salvo por moradores. Eles iriam a uma festa de aniversário na capital mineira. A garota pode ser a quinta vítima do período chuvoso 2015/2016.
Logo no início do dia, uma equipe do Corpo de Bombeiros se deslocou para o córrego onde a menina foi tragada para tentar encontrá-la. “Estamos fazemos buscas no leito todo do córrego que deságua no Rio das Velhas. Já fizemos uma varredura para descartar todas as hipóteses de ter sido retida nos remansos”, explicou o tenente Teixeira, do 3º Batalhão do Corpo de Bombeiros.
Os militares devem usar uma nova estratégia para tentar encontrar o corpo de Ana. “Trouxemos o barco e vamos fazer um pente fino no córrego onde ela cair. Depois, vamos usar o barco para procurar nas áreas de remanso do Rio das Velhas, pois há uma grande possibilidade dela ter ficado presa em galhos”, afirmou Teixeira. A operação conta com seis bombeiros.
O incidente ocorreu na Rua São Paulo, no Bairro Santo Antônio Roça Grande na tarde de sábado. Ana Alice e o irmão Alex, de 10, estavam com o avô Itamar Costa, de 60, e a avó, no momento da chuva. Os quatro moram no alto da rua, que é bastante íngreme, e seguiam para um ponto de ônibus às margens da rodovia. Quando passavam próximo a uma obra da Copasa, que tem sacos de areia na entrada para desviar a água do local, Ana e Itamar acabaram sendo levados pela água. Dois motoristas que estavam na via correram atrás dos dois e conseguiram salvar o homem. A menina acabou sendo levada por uma escada de contenção de água pluvial e caiu em um córrego que deságua no Rio das Velhas.
O instalador de imóveis, Clécio Rocha dos Santos, subia a rua de carro com a esposa e a filha. Ele se impressionou com a força da água. “Era tão forte que não consegui subi.
A atendente de hospital, Glória de Almeida, moradora do local, reclama da obra na rua. “Tem mais de um ano a obra. O fato de colocarem a barricada para desviar a enxurrada da obra, afunilou a água e a enxurrada ficou mais forte. Isso aumentou o risco de acidente”, criticou.
Vítimas do período chuvoso
Minas Gerais já registrou quatro mortes por causa da chuva. A primeira vítima da chuva neste ano morreu em Montes Claros, Norte de Minas.
O órgão ainda aguarda o laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte para confirmar se Maria Ester Ribeiro, de 59 anos, também foi uma vítima da chuva. Na tarde do último dia 13, ela teria sido arrastada pela enxurrada na Rua Diorita, no Bairro Prado, Região Oeste de capital, e sofreu parada cardiorrespiratória depois de ficar presa debaixo de um carro.
Outra morte que ainda não entrou no boletim diário da Cedec foi de Renata Camilo da Silva, de 33. A mulher, que estava grávida de três meses, morreu eletrocutada durante um temporal em Alfenas, no Sul de Minas Gerais, no último domingo.