O estudante de veterinária Marcos Helvécio Monteiro Júnior, de 22 anos, deve prestar depoimento nos próximos dias em Patrocínio, no Alto Paranaíba. O jovem ficou desaparecido por três dias e foi encontrado no último sábado. Em depoimento à Polícia Civil quando ainda estava no hospital, ele informou que foi sequestrado. Porém, segundo o delegado Alexandre Boaventura Diniz, responsável pelo caso, há pontos contraditórios na versão apresentada.
O estudante contou à polícia que voltava de uma fazenda em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, onde estava dando assessoria. No trajeto, acabou abordado por três homens armados que o levaram até uma propriedade rural. Lá, disse que teve as mãos amarradas e a cabeça raspada. Marcos contou que conseguiu se desvencilhar da corda e foi até o carro, que estava com a chave na ignição. Por isso, conseguiu fugir e chegar até a residência dele, em Patrocínio. A mochila com o notebook do jovem não foi levada. Marcos relatou que foram roubados R$ 200.
Um inquérito foi instalado para investigar o caso. Para o delegado, alguns pontos no depoimento ainda têm que ser apurados. “A versão apresentada é contraditória e vaga. Ainda há algumas lacunas. Pedi nesta segunda-feira a intimação para ele prestar depoimento, mas o jovem não foi encontrado em casa”, afirmou Alexandre Diniz.
O delegado pediu também uma perícia no veículo do estudante. Em seguida, serão feitas diligências para tentar encontrar a fazenda aonde Marcos diz ter sido levado. “Há que se ressaltar que tudo ainda é hipotético, eis que existentes fortes contradições na narrativa de Marcos”, afirmou o delegado.
Marcos é filho de um vereador de Piedade do Rio Grande, no Campo das Vertentes, onde nasceu. O restante da família mora na mesma cidade. Ele está no último ano de veterinária na Universidade Federal de Lavras (UFLA), onde morou em uma república, mas se mudou para Patrocínio ao conseguir uma vaga de estágio. A formatura dele está prevista para abril.