De acordo com a corporação, a pequena Ana Alice foi encontrada no Rio das Velhas, a cerca de 500 metros de uma ponte do Bairro Santo Antônio de Roça Grande. Com a localização do corpo, que estava preso em galhos, Minas Gerais já registra cinco mortes no atual período chuvoso.
O jornal Estado de Minas acompanhou nessa segunda-feira o trabalho do Corpo de Bombeiros e conversou com parentes e vizinhos da criança. Segundo eles, uma barricada criada em uma obra de abastecimento da Copasa e a falta de uma estrutura segura da Prefeitura de Sabará para escoamento da água de chuva criou uma armadilha que contribuiu para a tragédia.
Moradores acreditam que, se existisse um sistema de escoamento de águas pluviais na Rua São Paulo, que é extremamente íngreme, com manilhas fechadas com grades, Ana Alice poderia ter uma chance maior de escapar com vida.
Já a barreira colocada pela Copasa para demarcar um buraco em uma obra contribuiu para aumentar a força da enxurrada e dificultar a situação da menina, segundo a população local.
A criança estava com o avô, Itamar Costa, de 60, que também chegou a ser levado pela força da água, mas foi salvo por uma pessoa que passava no local, e a avó, que não se feriu.
Em nota, a Copasa informou que “está atuando no levantamento técnico para apuração das responsabilidades sobre o ocorrido e irá se pronunciar após a conclusão do laudo”.
A Prefeitura da cidade afirmou que, “de acordo com as normas técnicas, não é permitido colocar grades de contenção nas manilhas e tubulações e nas escadas dissipadoras, pois isso pode acarretar no acúmulo de lixo e, consequentemente, em maiores alagamentos, colocando em risco a população do entorno”, diz o texto.
Segundo ainda administração local, as grades só são permitidas nas chamadas bocas de lobo, que recebem um volume menor de água. "A prefeitura reitera que todo o sistema de drenagem possui uma infraestrutura adequada para o correto escoamento das águas pluviais", declarou.
Com informações de Guilherme Paranaíba.