O número de casos de grávidas que apresentaram doença aguda por zika dobrou em uma semana em Minas Gerais. O aumento pode ser observado no boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) nesta terça-feira, que mostra salto da quantidade de gestantes com a doença, de 14 para 30. Outros 121 casos semelhantes ainda são investigados.
Preocupação também em relação à dengue. Foram confirmadas 13 mortes pela doença e 38 seguem sendo apuradas. O número de casos prováveis – que inclui investigados e confirmados – chegou a 124.729, média de 2.078.
Das pacientes que foram confirmadas com zika, cinco são de Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais. Outras quatro são de Coronel Fabriciano, na Região do Rio Doce, e três de Belo Horizonte, Montes Claros, na Região Norte, e Ubá, na Zona da Mata.
Neste ano, foram notificados 69 casos no protocolo de monitoramento da microcefalia por zika. Destes, 43 foram descartados, 25 seguem em investigação e um caso foi confirmado. Trata-se um feto cujo a mãe teve aborto espontâneo.
A disparada ocorre também nos casos de febre causada pelo zika vírus. Em sete dias, o número de notificações mais que dobrou, salatando de 303 para 755. A Secretaria de Estado da Saúde confirmou mais um caso que era investigado desde 2015. Os infectados são moradores de Belo Horizonte, Coronel Fabriciano e o último de Sete Lagoas.
Dengue
A disparada também atinge a dengue, outra doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O número de casos prováveis da doença chegou a 124.729 em dois meses. Em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram notificados 14.611 casos, o total é mais de oito vezes maior. Este ano já superou a comparação com 2013, quando o estado passou por uma epidemia e havia 98.190 casos prováveis em dois meses.
Em relação às mortes, Minas Gerais já registrou 13 e investiga outras 38. Juiz de Fora, na Zona da Mata, é a cidade que apresenta o maior número de óbitos. A SES confirma cinco na cidade, porém, a Secretaria Municipal de Saúde já contabiliza oito. Belo Horizonte registra quatro mortes. Bicas, Divinópolis, Espera Feliz, e Patrocínio, uma cada. Segundo a SES, a maioria dos óbitos foi de pessoas da faixa etária entre 50 e 64 anos, quatro no total.
Chikungunya
Em 2016, nenhum caso de febre chikungunya foi confirmado. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, 413 casos foram notificados. Destes, 233 foram descartados, e outros 180 seguem em investigação. No ano passado, foram confirmados 11 casos, quatro deles em Belo Horizonte.