O gasto médio diário dos visitantes também aumentou. Passou de R$ 99,42, em 2015, para R$ 157,61, em 2016, ou seja, 58,5% a mais. O fluxo estimado de pessoas, segundo dados da Polícia Militar, passou de 1,458 milhão para 2 milhões.
O objetivo da pesquisa foi traçar o perfil dos visitantes e moradores de BH que participaram do evento deste ano, diagnosticando os motivos da escolha da cidade, o nível socioeconômico e expectativas em relação aos produtos e serviços oferecidos durante a festa. Os questionários foram aplicados pessoalmente por pesquisadores contratados pela Secretaria de Estado de Turismo nos blocos de carnaval com maior expectativa de público.
Para a pesquisa, foi considerado morador quem vive em BH e região metropolitana. Quem veio do interior e de outros estados e países foi considerado visitante. Os questionários foram aplicados entre 6 e 9 de fevereiro, nos blocos Alcova Libertina, Baianas Ozadas, Bloco do Calixto, Bloco do Peixoto, Corte Devassa, Então Brilha!, Juventude Bronzeada e Ordináááários.
Dos entrevistados, 61% tiveram como origem o interior de Minas. Em segundo lugar, do estado de São Paulo (14,6%). Depois, Espírito Santo (6,1%), Rio de Janeiro (4,9%), exterior (3,7%), Bahia (3,7%), Goiás, Mato Grosso, Distrito Federal e Paraíba 1,2% cada.
Sobre a profissão, a maioria é assalariada (35,3% dos moradores e 23,8% dos visitantes). Sobre o estado civil, prevaleceram os solteiros (69,8% dos moradores e 79,3% dos visitantes). A renda também foi questionada. Dos moradores, 23,5% recebem salário entre R$ 1.021 a R$ 2.040. Dos visitantes, 27,8% recebem entre R$ 2.041 a R$ 3.570. A maioria dos foliões, 60%, foi às festas acompanhada de amigos.
Dos visitantes, 73,9% ficaram hospedados em casas de amigos, 15,9% em hotéis ou pousadas, 8,7% alugaram casas ou tinham casa própria, 1,4% ficou em albergues ou hostel. Os visitantes disseram que pretendiam visitar algum atrativo turístico fora da programação de carnaval. Em primeiro lugar, ficou a Lagoa da Pampulha (28,6%), seguida do Mirante da Serra do Curral (10,7%), Mercado Central (10,7%), e Inhotim (10,7%), entre outros locais.
Mas o grau de satisfação do folião caiu em relação ao carnaval de 2015. Para os moradores, caiu de 7%, em 2015, para 6,6%, em 2016. Dos visitantes, passou de 7,2% para 6,7%.
Dentre as sugestões para o carnaval 2017, prevaleceram mais banheiros (31%) e mais segurança (15,4%). A média de participação das pessoas foi de três blocos. A maioria disse que participou e que pretende participar do Baianas Ozadas (35,9%), Então Brilha (28,9%), Ordináááários (26%), Chama o Síndico (12,2%) e Alcova Libertina (9,5%).
Para os moradores, a consequência do carnaval para Belo Horizonte é mais divulgação para a cidade (43,9%) e valorização da cultura (41,3%). Para 98,6%, o carnaval tem potencial para se tornar um atrativo turístico. Quase 100% dos entrevistados, moradores e visitantes, disseram que pretendem participar da folia no ano que vem.