Um homem que surtou em uma unidade de pronto atendimento de Ouro Fino, na Região Sul de Minas Gerais, no final de fevereiro e agrediu moradores deve responder por homicídio. Isso porque, uma das vítimas atacadas por ele morreu no início da tarde desta quarta-feira no Hospital das Clínicas Samuel Libânio, em Pouso Alegre, cidade vizinha. O delegado que investiga o caso informou que o inquérito deve ser remetido à Justiça até esta quinta-feira. O agressor está preso preventivamente no presídio da cidade.

A ação do agressor assustou moradores do município. O homem, que não teve o nome divulgado, foi levado para a Santa Casa da cidade depois de sofrer convulsões. Os médicos o encaminharam para tomar soro, e pouco tempo depois, o paciente começou a agredir pacientes e, em seguida, moradores foram da unidade de saúde.

Em depoimentos, testemunhas contaram que o homem utilizou a barra de ferro de suporte do soro para agredir dois pacientes dentro do hospital. Depois, quebrou uma das portas da unidade de saúde e atingiu outras cinco pessoas na rua. Ele acabou contido por alguns moradores que conseguiram amarrá-lo. A população teve que ser contida por policiais militares, pois queriam linchá-lo.

Uma das setes pessoas que ficaram feridas foi Tadeu Domingos de Assis Castro, de 60 anos. A vítimas estava internada no Hospital das Clínicas Samuel Libânio, em Pouso Alegre, com traumatismo craniano. No início da tarde desta quarta-feira, segundo a assessoria de imprensa da unidade de saúde, ele sofreu uma parada cardiorrespiratória. Os médicos tentaram reanimá-lo, mas sem sucesso.

De acordo com o delegado Marcelo Tadeu Duarte Cruz, responsável pelo caso, o homem deve responder por homicídio. “Inicialmente, foi autuado por tentativa de homicídio. Porém, agora, como se consumou, vai ser indiciado por homicídio”, explicou. Outro crime cometido pelo agressor foi dano ao patrimônio, pois danificou a porta da Santa Casa.

A polícia ainda aguarda resultados de exames toxicológicos feitos no homem no dia dos ataques. “No depoimento ele estava confuso e não soube indicar o que aconteceu. Não sabia dizer o que motivou a ter essa postura. Ele foi encaminhado para fazer exames toxicológicos, estamos aguardando exames no Instituto Médico Legal (IML) de Belo Horizonte”, comentou Marcelo Cruz.

Na tarde desta quarta-feira, o delegado vai colher depoimentos de testemunhas. O inquérito deve ser encerrado até está quinta-feira. O homem está preso preventivamente no Presídio de Ouro Fino desde o dia das agressões. .