Segundo uma senhora do centro esprírita, que prefere não se identificar, o primeiro contato foi por telefone, quando ele disse que estava em situação complicada e que toda a família tinha morrido soterrada em Mariana. Detalhe: apesar da dimensão da tragédia, não há registros de nenhuma família inteira (ou em parte) que tenha sido soterrada. Os mortos e desaparecidos no desastre não tinham essa relação de parentesco.
Depois de contar a história, o rapaz pediu para visitar o centro, dizendo que gostaria de fazer contato com um ente querido. A mulher concordou. No entanto, ao vê-lo, ela reconheceu o rapaz, que há cerca de um ano já tinha aparecido no mesmo lugar, contando uma história diferente: "Da primeira vez, ele disse que era de São Paulo e que havia sido criado pelo pai, no Amazonas, contou uma história impressionante. Na época, tentamos ajudá-lo.
Desta vez, ao ser reconhecido, ele foi embora. A senhora, no entanto, alerta para o provável golpe. "Ele está sempre muito limpinho, é educado, fala manso, diz que não tem muita cultura, e carrega um livro espírita nas mãos". A mulher não fez ocorrência. Mesmo assim, a reportagem entrou em contato com a Polícia Militar que disse, até o momento, não ter recebido nenhuma ocorrência desse tipo de golpe. .