Obras de contenção e drenagem não foram finalizadas antes do período chuvoso em Sabará, município onde uma menina de 8 anos morreu arrastada pela enxurrada em 27 de fevereiro. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, esse foi o primeiro município a decretar estado de emergência devido aos deslizamentos de encostas causados pelas chuvas deste ano. General Carneiro, Fátima, Roça Grande são áreas de maior risco na cidade. O engenheiro da Secretaria de Obras de Sabará, Roberto Sanches, informou que o município buscará financiamento junto ao Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e à Caixa Econômica Federal (CEF) para a realização das obras de contenção e drenagem necessárias no município.
Em Contagem, a readequação também fará com que as obras sejam entregues depois do período chuvoso crítico. A construção de duas bacias de contenção de cheias deverá sanar parte dos problemas de alagamento. A primeira delas deverá ser instalada embaixo da Praça Rio Volga, na Avenida Francisco Firmo de Mattos. A previsão é de que as obras sejam concluídas entre maio e junho. “Elas foram reprogramadas devido à repactuação com o Ministério das Cidades”, informou a prefeitura. A outra bacia de contenção será construída na Rua Perimetral, atrás da fábrica da Toshiba, próximo à BR-381, no Bairro Bandeirantes. No local, serão investidos R$ 16 milhões, com previsão de início das obras até abril, e prazo de execução em até um ano.
No município, 28 áreas receberão obras de contenção, que totalizam um investimento de R$ 40 milhões. De acordo com a secretaria, outras ações serão realizadas também em Nova Contagem. Estão previstas intervenções nas vilas Beira Campo, Soledade, Estaleiro, Riachinho e Barroquinha, para conter deslizamentos de encostas, que totalizam R$ 12 milhões. Também será realizada macrodrenagem na Avenida Alvarenga Peixoto, Rua Dorinato Lima e Beco Baldrin, no Bairro Amazonas. Com investimento de R$ 5 milhões, serão instaladas galerias de grande porte, com objetivo de conter as inundações na região e facilitar o escoamento da água da chuva.
Em Betim, obras para resolver os problemas com enchentes só deverão ficar prontas para as chuvas do próximo ano.
PREVENÇÃO A prefeitura adotou também outra medida de prevenção a alagamentos, como a roçada, limpeza, dragagem e desobstrução do leito dos córregos e dos rios da cidade, além da construção de piscinas (ou lagos) de contenção nas avenidas Marco Túlio Isaac e Imbiruçu. Está em andamento ainda, obra da calha do Rio Betim, que realizada pelo governo estadual em parceria com a Prefeitura de Betim, para evitar enchentes na região central da cidade. A previsão de término é em dezembro.
Nas últimas chuvas, árvores caíram e dezenas de casas ficaram destelhadas. Devido ao aumento do nível da água do Rio Paraopeba, a Colônia Santa Isabel ficou em estado de alerta.
Em Sarzedo, são cinco pontos de monitoramento constantes. A prefeitura não informou em que pé estão as obras. “O Município de Sarzedo destaca o trabalho conjunto das Secretarias de Planejamento, Obras e Urbanismo, Meio Ambiente e Defesa Civil, onde apresentou obras de impacto nos maiores problemas existentes, a maioria dos pontos destacados como áreas de risco já obtiveram obras preventivas, como ampliação da rede pluvial nos principais pontos de incidências de alagamento.”.