A Corregedoria-Geral de Polícia Civil abriu sindicância para apurar o andamento das investigações sobre o assassinato de Gabriel. O caso chegou ao órgão a pedido do Ministério Público, devido à falta de uma solução do crime, diante de uma situação complicada na sua apuração, que começou com um pedido de afastamento por parte do delegado responsável, que alegou desgaste. O policial foi trocado, mas, cerca de dois meses depois, houve outra mudança no comando do inquérito, criando novos obstáculos para o andamento da investigação.
O advogado da família diz ter questionado o delegado em algumas situações para produzir provas consideradas imprescindíveis na solução do caso, o que deveria ocorrer naturalmente. “A defesa buscava anexar imagens do local, além da produção de provas testemunhais e agilidade na busca de outras evidências. Não haveria necessidade de o advogado da vítima requerer, isso é obrigação da investigação. É por isso que, neste caso específico, os trabalhos não tiveram a eficiência que se esperava”, afirma Fabiano Florio, que também relatou o fato ao Ministério Público.
O primeiro delegado a trabalhar nas investigações da morte de Gabriel foi Felipe Fonseca, que, em agosto, dizendo-se desgastado, pediu à Delegacia Regional de Viçosa para sair do caso. O policial pontuou que o desgaste foi causado por manifestações feitas à época pela mãe de Gabriel, que colocavam em dúvida o trabalho dos policiais. Em setembro, ele voltou a pedir para deixar o caso, dessa vez à Justiça de Viçosa. O Ministério Público afirmou que a investigação deveria continuar e pediu ainda que a corregedoria fosse informada dessa situação. De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, essa manifestação gerou a abertura de sindicância, mas a corporação não dá detalhes do andamento, pelo fato de o inquérito estar sob sigilo.
Com a troca no comando das investigações, o delegado José Marcelo de Paula Loureiro, na época lotado no município de Teixeiras, na Zona da Mata, assumiu o caso, mas ficou apenas dois meses, já que foi transferido para a Delegacia Regional de Ponte Nova no fim de 2015. Único delegado a falar com o EM, José Marcelo diz que desenvolveu algumas diligências e garantiu que a linha traçada por Felipe Fonseca era bastante sólida, porém, dependia do resultado de um laudo no carro apreendido com manchas de sangue. Inicialmente, o material foi coletado pela perícia de Viçosa e encaminhado a Belo Horizonte para fazer a comparação com o DNA de Gabriel, mas o resultado apontava que as amostras não tinham qualidade suficiente. “Então mandei o carro para Belo Horizonte para esse material ser coletado lá e a perícia refeita. Teve também o incidente de o delegado Felipe se dar por impedido, e essas situações atrasaram o processo. Com o resultado desse laudo, acho que o caso já estaria resolvido”, opina o policial.
Se confirmadas as expectativas do delegado, o foco das investigações se volta para um grupo de cinco amigos que teria cruzado com Gabriel em um bar quando o jovem saiu andando de madrugada na rodovia de acesso ao local da festa. Fontes ligadas à investigação informaram que há indícios de que um deles, inclusive, teria feito uma piada com Gabriel quando o garoto passou, dizendo que o centro de Viçosa estava muito longe dali. Ouvido no inquérito, o dono do veículo apreendido disse apenas que foi à festa e parou com amigos em um bar depois do evento, de onde foi embora para casa.
Outro ponto técnico que poderia ajudar e também ficou pendente no momento em que José Marcelo esteve à frente das investigações é a perícia em uma arma encontrada com Luiz Carlos Santana, de 23, e Ramon Elder de Souza, de 24, presos em outubro em Ponte Nova por assaltos na região. Curiosamente, os dois eram os mesmos que estavam presentes quando o corpo de Gabriel foi encontrado. A dupla alegou que passava por um terreno da Universidade Federal de Viçosa (UFV) para cortar caminho até o Centro da cidade, quando um deles parou para urinar e viu o corpo em uma vala, o que motivou um contato com seguranças da UFV. Sete meses depois do crime, a Polícia Civil desconfiou de que a arma encontrada com os dois quando foram presos em Ponte Nova poderia ter relação com a morte de Gabriel e aguarda exame para comparar o projétil que matou o jovem com o revólver calibre 38.
O advogado da família diz ter questionado o delegado em algumas situações para produzir provas consideradas imprescindíveis na solução do caso, o que deveria ocorrer naturalmente. “A defesa buscava anexar imagens do local, além da produção de provas testemunhais e agilidade na busca de outras evidências. Não haveria necessidade de o advogado da vítima requerer, isso é obrigação da investigação. É por isso que, neste caso específico, os trabalhos não tiveram a eficiência que se esperava”, afirma Fabiano Florio, que também relatou o fato ao Ministério Público.
O primeiro delegado a trabalhar nas investigações da morte de Gabriel foi Felipe Fonseca, que, em agosto, dizendo-se desgastado, pediu à Delegacia Regional de Viçosa para sair do caso. O policial pontuou que o desgaste foi causado por manifestações feitas à época pela mãe de Gabriel, que colocavam em dúvida o trabalho dos policiais. Em setembro, ele voltou a pedir para deixar o caso, dessa vez à Justiça de Viçosa. O Ministério Público afirmou que a investigação deveria continuar e pediu ainda que a corregedoria fosse informada dessa situação. De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil, essa manifestação gerou a abertura de sindicância, mas a corporação não dá detalhes do andamento, pelo fato de o inquérito estar sob sigilo.
Com a troca no comando das investigações, o delegado José Marcelo de Paula Loureiro, na época lotado no município de Teixeiras, na Zona da Mata, assumiu o caso, mas ficou apenas dois meses, já que foi transferido para a Delegacia Regional de Ponte Nova no fim de 2015. Único delegado a falar com o EM, José Marcelo diz que desenvolveu algumas diligências e garantiu que a linha traçada por Felipe Fonseca era bastante sólida, porém, dependia do resultado de um laudo no carro apreendido com manchas de sangue. Inicialmente, o material foi coletado pela perícia de Viçosa e encaminhado a Belo Horizonte para fazer a comparação com o DNA de Gabriel, mas o resultado apontava que as amostras não tinham qualidade suficiente. “Então mandei o carro para Belo Horizonte para esse material ser coletado lá e a perícia refeita. Teve também o incidente de o delegado Felipe se dar por impedido, e essas situações atrasaram o processo. Com o resultado desse laudo, acho que o caso já estaria resolvido”, opina o policial.
Se confirmadas as expectativas do delegado, o foco das investigações se volta para um grupo de cinco amigos que teria cruzado com Gabriel em um bar quando o jovem saiu andando de madrugada na rodovia de acesso ao local da festa. Fontes ligadas à investigação informaram que há indícios de que um deles, inclusive, teria feito uma piada com Gabriel quando o garoto passou, dizendo que o centro de Viçosa estava muito longe dali. Ouvido no inquérito, o dono do veículo apreendido disse apenas que foi à festa e parou com amigos em um bar depois do evento, de onde foi embora para casa.
Outro ponto técnico que poderia ajudar e também ficou pendente no momento em que José Marcelo esteve à frente das investigações é a perícia em uma arma encontrada com Luiz Carlos Santana, de 23, e Ramon Elder de Souza, de 24, presos em outubro em Ponte Nova por assaltos na região. Curiosamente, os dois eram os mesmos que estavam presentes quando o corpo de Gabriel foi encontrado. A dupla alegou que passava por um terreno da Universidade Federal de Viçosa (UFV) para cortar caminho até o Centro da cidade, quando um deles parou para urinar e viu o corpo em uma vala, o que motivou um contato com seguranças da UFV. Sete meses depois do crime, a Polícia Civil desconfiou de que a arma encontrada com os dois quando foram presos em Ponte Nova poderia ter relação com a morte de Gabriel e aguarda exame para comparar o projétil que matou o jovem com o revólver calibre 38.