O Estado de Minas mostrou hoje que, um ano após o início dos trabalhos, a investigação se vê cercada de inúmeras dúvidas levantadas pela família de Gabriel e travada por questões técnicas que se arrastam por meses, como a análise do material genético em um carro apreendido com manchas de sangue e a perícia em uma arma suspeita. No primeiro caso, cuja apreensão do carro ocorreu em julho, a polícia confirma que o laudo está pronto, porém não passa informações, já que o caso está sob segredo de Justiça. O segundo segue pendente, referente a um revólver apreendido em outubro.
A desconfiança da família motivou uma recomendação do Ministério Público para que a Corregedoria Geral de Polícia Civil acompanhasse a investigação, o que gerou abertura de sindicância pelo órgão da polícia. Um dos delegados que trabalhou no caso e comandou a maior parte dos trabalhos, Felipe Fonseca, alegou desgaste com entrevistas dadas pela família de Gabriel que desacreditavam as investigações e pediu substituição. Depois disso, outros dois policiais assumiram, mas o aniversário de um ano da morte veio sem respostas.
Florio diz ainda ter questionado o trabalho da polícia ao Ministério Público, o que acabou gerando a abertura de sindicância pela corregedoria. “A defesa buscava anexar imagens do local, além da produção de provas testemunhais e agilidade na busca de outras evidências. Não haveria necessidade de o advogado da vítima requerer, isso é obrigação da investigação. É por isso que, neste caso específico, os trabalhos não tiveram a eficiência que se esperava”, completa Fabiano Florio.
O delegado Wagner Pinto confirma a conversa com o advogado e afirma que a partir do momento que Fabiano Florio protocolar o pedido, ele vai analisar o caso. "Se eu vislumbrar que realmente há essa demanda, aí eu vou mandar uma equipe especializada. Antes, temos que estudar o caso, para verificar se realmente a reclamação tem consistência", afirma o delegado..