Segundo o presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Espírito Santo (Fetaes), Júlio Cézar Mendel, são grandes as dificuldades que os trabalhadores rurais vêm tendo com o crédito rural.
“Quando acessamos o crédito, somos obrigados a comprar seguro , mas para receber esse seguro é necessário cumprir uma série de exigências burocráticas”, disse ele à Agência Brasil.
Entre as principais reivindicações dos agricultores familiares para amenizar o cenário de dificuldades está a anistia de dívidas para quem perdeu a safra e para quem teve a safra prejudicada. Eles pedem, também, uma política permanente de preservação de água que, por meio de reservatórios, permita aproveitar as águas acumuladas durante os períodos de cheia.
“Queremos também garantias para que a Samarco arque com cerca de R$ 1 bilhão de prejuízos causados pela lama derramada no Rio Doce. Que a seguradora pague esse prejuízo e depois cobre da Samarco, porque sem irrigação não temos alimentos”, disse o presidente da Fetaes ao defender que, a exemplo do Seguro Defeso, as famílias prejudicadas sejam restituídas em R$ 5 mil por mês para compensar os danos causados pela lama.
Às 11h, as lideranças rurais terão uma audiência com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias. Às 13h, irão ao Congresso Nacional onde, às 14h30, participarão de audiência na Comissão de Crise Hídrica. Mais tarde, às 17h30, se reunirão com as bancadas de Minas Gerais e do Espírito Santo. Ligada à Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), a Fetaes permanecerá mobilizada até quinta-feira na Esplanada dos Ministérios..