O assassinato foi filmado pela esposa da vítima, por meio de um celular. Mesmo assim, o advogado acredita que a gravação não mostra todos os fatos que aconteceram antes dos tiros. “São dois minutos de vídeo, que é muito precário. Na verdade, aconteceu uma sucessão de atos. O Júlio César agiu em legítima defesa.
Na manhã de segunda-feira, um inquérito foi aberto pela Polícia Civil para investigar o caso e foi decretada a prisão preventiva do policial. Ele chegou à delegacia em um carro particular e entrou pela porta da frente, por volta das 16h. Em nota, a Polícia Civil informou que o delegado responsável pelo caso não colheu o depoimento do sargento, “uma vez que o policial aparentava estar psicologicamente abalado e versa sobre ele a prerrogativa de prestar declarações em outras fases do inquérito”. O militar foi levado para a sede do 16º Batalhão da Polícia Militar, onde ficará preso à disposição da Justiça.
“A apresentação ocorreu voluntariamente, e ele entregou a arma usada no crime e a munição. Ele quer que a polícia investigue os fatos e faça uma apuração de verdade. Será a verdade que vai liberá-lo. Está colaborando com as investigações”, afirmou Fábio Silveira.
O velório do motorista começou às 20h de segunda-feira, no Cemitério Jardim da Serra, em Mariporã, no interior de São Paulo.
O sargento e o motorista, que eram vizinhos no Bairro Santa Rita, em Governador Valadares, tinham histórico de desavenças havia um ano. A esposa de Fábio já havia se queixado do PM à corregedoria da corporação. Viviane Silva de Aguiar contou que procurou o órgão e registrou três boletins de ocorrência e cinco reclamações de ameaças do policial contra a vítima e contra um filho do casal. "Espero uma providência que já deveria ter sido tomada há muito tempo. A vida do meu marido não vai voltar. Eu fiquei viúva e com três filhos. Isso (o crime) poderia ter sido evitado", desabafou, em entrevista à TV Alterosa..