Os números de dengue reforçam a situação crítica vivida por Juiz de Fora, na Região da Zona da Mata. A cidade já decretou situação de emergência por causa da proliferação do mosquito Aedes aegypti, e a Secretaria Municipal de Saúde admite passar pela pior epidemia da doença da história. Somente nos primeiros 68 dias de 2016, foram registrados 4.845 casos prováveis de dengue – que englobam confirmações e suspeitas. O número é superior ao registrado em todo ano passado, quando houve 4.723 notificações.
Ainda é investigada a morte do padre holandês Theodoro Johanes Verbruggen, que estava internado com sintomas da doença e morreu na última quarta-feira. Já a Secretaria Estadual de Saúde (SES), confirma apenas cinco mortes pela doença. A pasta informou que a diferença é porque mesmo com exames em laboratórios particulares confirmando a doença, novas análises são realizadas pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) para indicar a dengue. Somente depois disso é que os óbitos são incluídos no balanço, seguindo determinação do Ministério da Saúde.
A cidade ainda tem duas gestantes diagnosticadas com zika. Uma delas é uma mulher de 33 anos que contraiu o vírus na cidade. O outro caso é de mulher de 35 anos, que esteve na cidade de Rio das Ostras, no Rio de Janeiro, onde foi infectada.
A prefeitura de Juiz de Fora decretou situação de emergência em 26 de janeiro, devido à infestação do vetor da dengue, zika e chikungunya. O decreto, que tem validade de 180 dias, viabilizou o aumento no número de agentes dedicados ao combate de focos do mosquito. No total, são 150 agentes de endemia nas ruas, além de outros 50 novos servidores e 70 militares do Exército em campo.