De acordo com o tenente Lipovetsky, do Corpo de Bombeiros, a suspeita é de que o caminhão tenha perdido os freios. Postes de iluminação também foram atingidos. A Cemig foi acionada para atender a ocorrência. A companhia informou que, durante a troca, alguns consumidores ficarão sem luz e que não há previsão para a conclusão dos trabalhos. Os circuitos que passam pela rua foram desligados para eliminar riscos de choque.
Algumas pessoas se assustaram com o acidente. "O barulho foi forte. Um estrondão. Quando vi, já estava uma fumaceira", diz Joel Gomes, porteiro do prédio em frente ao local do acidente. Moradores da região reclamaram do trânsito e da passagem de veículos de carga. "Essa rotatória é uma loucura. A Rua Centauro tinha que ser mão única para subir", defende Kátia Abras, de 61 anos, moradora do Bairro São Bento.
A advogada Maria Carolina Campos, de 36, conta que em novembro de 2014 foi enviado à BHTrans dossiê relatando os riscos no local. Segundo ela, a empresa respondeu em 18 de janeiro deste ano, informando que seriam feitas alterações, mas que não havia sido constatado trânsito de veículos pesados. “A Rua Centauro tem um trecho de declive de quase um quilômetro e é mão dupla. Pedimos à BHTrans para que a tornasse de mão única. Porém, nada foi feito e o risco de acidente estava visível, com cada dia mais veículos de carga desviando da Avenida Nossa Senhora do Carmo, no Sion, pela Centauro, para passar por dentro do bairro”, disse a advogada.
Documento enviado à BHTrans, aponta que cinco dos seis quarteirões da Centauro são de declive, num trecho de 949 metros. Medições feitas com um altímetro constatou que são 57 metros entre a Praça das Constelações e a Avenida Cônsul Antônio Cadar.
A BHTrans informou que não autorizou a passagem do caminhão pela via. Sobre a denúncia da moradora, a reportagem tentou contato com a empresa, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.