Dom Darci nasceu em 1959 em Jacutinga, no Sul de Minas, e foi ordenado sacerdote em fevereiro de 1986. De 2009 a 2013 foi superior e reitor do Santuário Nacional de Aparecida e vigário-geral da província Redentorista de São Paulo (2013-2014). É mestre em teologia pelo Pontifício Ateneo St.
Em entrevista ao Estado de Minas, o religioso disse que, apesar do tempo vivendo longe da terra natal, faz várias visitas ao estado para celebrações. “A gente está sempre ligado a Minas, porque, como redentorista, vou quase todo mês pregar em alguma paróquia no Sul do estado”, explicou. Ele lembra visitas a outras regiões, como o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, e à Basílica de São Geraldo, em Curvelo, na Região Central do estado.
Dom Darci explica que ainda não esteve em Diamantina, mas conhece a história da arquidiocese. A diocese da cidade foi fundada em 1854 e elevada em 1917. Ela abrange as dioceses de Almenara, Araçuaí, Guanhães e Teófilo Otoni. “Sei também que a Arquidiocese de Diamantina tem 47 mil quilômetros quadrados; é bem grande. São 34 municípios e sabemos do Vale do Jequitinhonha, toda a dificuldade que o pessoal vive. Vamos trabalhar de forma a incluir quem porventura esteja marginalizado. Queremos contar com a parceria das autoridades civis, do povo de Deus, padres, lideranças leigas”, diz.
O futuro arcebispo de Diamantina também falou da experiência em São Paulo. “Muito do que sou eu levo de Aparecida. Aparecida me ensinou muito, a experiência administrativa, pastoral, a visão organizativa da Igreja.
Denúncia Sobre as investigações contra o padre de São João da Chapada, suspeito de abusar de adolescentes, dom Darci disse ter ficado sabendo por meio de uma das matérias publicadas pelo Estado de Minas, e afirma que a postura da Igreja é muito séria em relação a esses casos. “Li que havia uma denúncia. Sei que o arcebispo suspendeu o padre para averiguação, ele saiu do local onde estava até que seja feito o inquérito para saber se há veracidade”, disse. “Após isso, a igreja agirá. Existe a pena canônica (caso considerado culpado) e ele também responderá civilmente. Se não é culpado, têm que reconduzi-lo ao trabalho, mas ainda não estou por dentro disso”, relata.
Dom Darci também nega ter se referido a Lula durante a missa em Aparecida em 6 de março. “A gente, quando faz uma homilia, não manda recado para ninguém. A aplicação é feita por quem ouve”, disse o religioso. “Aquilo que eu disse é sobre eliminar todo o mal da nossa vida.
A celebração de apresentação e posse do arcebispo está marcada para as 15h30 de 22 de maio na Catedral Metropolitana de Diamantina..