A família mora no Bairro Santa Lúcia, perto do local do acidente. A mãe de Melrilene, a auxiliar de serviços gerais Silvana Maria Cavalcanti, chegou do trabalho por volta das 17h15 e o genro a abordou, pedindo para que ela ligasse para a jovem. Nem a ligação nem as mensagens de texto foram atendidas. Eles ficaram sabendo do acidente no São Bento à noite e correram para o local, temendo o pior.
No IML, ela questionava a tragédia que se abateu sobre a família e a perda da filha mais velha.“Por que que fizeram isso? Como eu vou falar pro meu neto que a mãe dele morreu por um irresponsável? Como eu vou falar pra minha neta que ela não tem mais a mãe dela pra chamar ela de Luluzinha, de gordinha?”. Aos prantos, Silvana desabafava: “Ele acabou com a minha vida”.
O enterro de Melrilene está marcado para as 17h de sexta-feira no Cemitério da Saudade, na Região Leste de Belo Horizonte.
O acidente aconteceu exatamente às 16h57, como mostram as imagens das câmeras de segurança de imóveis próximos. Segundo a Polícia Militar, o caminhão, placa LCE-2467, de São Gonçalo (RJ), desceu um trecho íngreme da Rua Centauro, invadiu a contramão da Avenida Cônsul Antônio Cadar, bateu na mureta de uma quadra de peteca e tombou no canteiro. Melrilene estava na calçada quando foi atingida pelo veículo, que transportava uma carga de cimento.
Além de Jorge Ricardo, estava no caminhão Rodrigo Barbosa, de 36 anos, internado em estado grave em um hospital da capital. De acordo com o tenente Lipovetsky, do Corpo de Bombeiros, a suspeita é de que o caminhão tenha perdido os freios. Postes de iluminação também foram atingidos. .