A Secretaria de Educação de Mariana, na Região Central de Minas, veio a público nesta sexta-feira para dizer que houve um convite, e não uma convocação para que estudantes e professores participassem de uma manifestação a favor do retorno das atividades da Samarco, marcada para sábado, 12 de março. A data seria considerada dia letivo, mas a prefeitura voltou atrás na decisão.
Por meio de nota assinada pelo prefeito Duarte Júnior e pela secretária de Educação interina, Juliana Alves Ferreira, a administração municipal afirma que a pasta cometeu um equívoco e entendeu ter recebido uma ordem para convocar o corpo docente e discente para o protesto. Segundo Juliana Alves, o pedido do prefeito foi no sentido de que a secretaria convidasse a equipe para se engajar no evento. Veja um trecho da nota:
"O prefeito esclareceu a mim e toda equipe da Secretaria de Educação que a última cota relativa a CEFEM com a Samarco em atividade beirou a casa de R$ 6,5 milhões e que, atualmente estamos recebendo apenas R$ 1,2 milhão. Esta queda na arrecadação implica em desaquecimento da economia local e ameaça grande parte dos empregos gerados na cidade. Daí a importância da manifestação por entendê-la como matéria de interesse público."
Ainda segundo a nota, a proposta de compensação de um dia letivo com a participação no protesto buscava incentivar a presença de todos, pois os impostos recolhidos pela prefeitura custeiam creches, escolas de tempo integral e outros serviços essenciais na cidade. “Contudo, a Prefeitura de Mariana optou por não considerar o sábado, 12 de março, dia letivo na Rede Municipal de Ensino”. Ainda segundo a secretária, “a Secretaria de Educação respeita o direito ao livre pensamento de cada um dos nossos servidores e que nenhum deles sofrerá qualquer sanção, em nenhuma hipótese, em razão da sua livre escolha”, finaliza.
Entenda o caso
Professores e estudantes de Mariana receberam mensagem de celular da Secretaria Municipal de Educação convocando-os a participar de uma passeata favorável à mineradora Samarco. A convocação provocou revolta nos docentes, que não concordam com a postura do poder municipal. A passeata será realizada às 9h de sábado, saindo da Arena Mariana em direção ao Centro da cidade.
“Informamos que esse dia compensará o sábado letivo previsto para o dia 21 de maio, conforme consta no calendário. Lembramos que este dia refere-se a uma quarta-feira, portanto, os professores deste dia é que deverão comparecer. Caberá à equipe diretiva da escola mobilizar a participação de todos os funcionários e alunos”, informa a mensagem enviada pela Secretaria Municipal de Educação.
A secretaria também divulgou um documento detalhando quantos alunos devem ser levados de cada escola e destacando que os estudantes irão receber lanche antes do protesto (foto).
O prefeito de Mariana, Duarte Júnior, disse que a ideia de chamar os professores para a manifestação foi dele. “Com a paralisação das atividades da Samarco, a arrecadação caiu quase R$ 5 milhões por mês. Estamos entrando em uma situação de desespero, ainda mais com a economia cada dia pior”, explicou o prefeito à reportagem, na tarde de quinta-feira.
O coletivo #UmMinutodeSirene divulgou uma moção de repúdio: “Não se trata de um mero convite, de caráter opcional, mas de uma convocação, à qual não se pode dizer não. A situação se agrava mais ainda porque todos os diretores das escolas são nomeados via cargos de confiança, luta que a educação em Mariana ainda não conseguiu vencer. É direito do cidadão o livre arbítrio para decidir como se posicionar”.
Por meio de nota assinada pelo prefeito Duarte Júnior e pela secretária de Educação interina, Juliana Alves Ferreira, a administração municipal afirma que a pasta cometeu um equívoco e entendeu ter recebido uma ordem para convocar o corpo docente e discente para o protesto. Segundo Juliana Alves, o pedido do prefeito foi no sentido de que a secretaria convidasse a equipe para se engajar no evento. Veja um trecho da nota:
"O prefeito esclareceu a mim e toda equipe da Secretaria de Educação que a última cota relativa a CEFEM com a Samarco em atividade beirou a casa de R$ 6,5 milhões e que, atualmente estamos recebendo apenas R$ 1,2 milhão. Esta queda na arrecadação implica em desaquecimento da economia local e ameaça grande parte dos empregos gerados na cidade. Daí a importância da manifestação por entendê-la como matéria de interesse público."
Ainda segundo a nota, a proposta de compensação de um dia letivo com a participação no protesto buscava incentivar a presença de todos, pois os impostos recolhidos pela prefeitura custeiam creches, escolas de tempo integral e outros serviços essenciais na cidade. “Contudo, a Prefeitura de Mariana optou por não considerar o sábado, 12 de março, dia letivo na Rede Municipal de Ensino”. Ainda segundo a secretária, “a Secretaria de Educação respeita o direito ao livre pensamento de cada um dos nossos servidores e que nenhum deles sofrerá qualquer sanção, em nenhuma hipótese, em razão da sua livre escolha”, finaliza.
Entenda o caso
Professores e estudantes de Mariana receberam mensagem de celular da Secretaria Municipal de Educação convocando-os a participar de uma passeata favorável à mineradora Samarco. A convocação provocou revolta nos docentes, que não concordam com a postura do poder municipal. A passeata será realizada às 9h de sábado, saindo da Arena Mariana em direção ao Centro da cidade.
“Informamos que esse dia compensará o sábado letivo previsto para o dia 21 de maio, conforme consta no calendário. Lembramos que este dia refere-se a uma quarta-feira, portanto, os professores deste dia é que deverão comparecer. Caberá à equipe diretiva da escola mobilizar a participação de todos os funcionários e alunos”, informa a mensagem enviada pela Secretaria Municipal de Educação.
A secretaria também divulgou um documento detalhando quantos alunos devem ser levados de cada escola e destacando que os estudantes irão receber lanche antes do protesto (foto).
O prefeito de Mariana, Duarte Júnior, disse que a ideia de chamar os professores para a manifestação foi dele. “Com a paralisação das atividades da Samarco, a arrecadação caiu quase R$ 5 milhões por mês. Estamos entrando em uma situação de desespero, ainda mais com a economia cada dia pior”, explicou o prefeito à reportagem, na tarde de quinta-feira.
O coletivo #UmMinutodeSirene divulgou uma moção de repúdio: “Não se trata de um mero convite, de caráter opcional, mas de uma convocação, à qual não se pode dizer não. A situação se agrava mais ainda porque todos os diretores das escolas são nomeados via cargos de confiança, luta que a educação em Mariana ainda não conseguiu vencer. É direito do cidadão o livre arbítrio para decidir como se posicionar”.