Um policial militar visto pela última vez na noite de quinta-feira assistindo a uma partida de futebol com amigos em um bar em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi torturado e morto por criminosos. O corpo do sargento Bruno Marcelos Porto, de 37 anos, foi encontrado no início da manhã desta sexta-feira, com vários tiros e sinais de tortura, em uma estrada de terra paralela à BR-040, no Bairro Sapucaias III, no limite entre Betim e Contagem. As suspeitas da polícia para a morte do militar, lotado na 202ª Companhia do 40º Batalhão de Ribeirão das Neves, são de latrocínio - roubo seguido de morte - ou vingança.
Pelo menos duas linhas de investigações foram levantadas: uma delas seria crime de latrocínio – roubo seguido de morte – e a outra, execução motivada por vingança. Na segunda hipótese, o policial teria sofrido retaliação de traficantes de Betim pela morte da jovem Sarah Carolina da Silva de Souza, a "Carolzinha", de 19, líder do tráfico no Morro Vermelho, morta em confronto com militares do 33º BPM. Há rumores de que desde a morte da criminosa, comparsas juraram vingança contra qualquer policial militar.
O comandante do 33º BPM, tenente-coronel Luciano Vivas, não confirmou as possíveis motivações para a morte do policial, dizendo que ainda é cedo chegar a alguma conclusão. “Não sabemos o que aconteceu depois que o sargento saiu do bar. O que temos é que ele foi assistir à partida entre Atlético e Colo-Colo com amigos e que no fim do jogo foi visto deixando o bar com um homem”, contou o oficial.
Segundo ele, estão sendo feitos levantamentos sobre quem seriam os amigos que estavam com o sargento e quem era essa última pessoa vista na companhia dele.
A Polícia Civil informou que a morte do sargento já está sendo investigada pela equipe do delegado Otávio de Carvalho, da Delegacia Especializada de Homicídios de Betim.