Urbano acrescentou que convive com o Aedes aegypti em um dos três hospitais onde trabalha. “Não tem jeito, o mosquito está em todo lugar”, afirmou o médico, preocupado com as notícias de subnotificações dos casos faladas ao longo do debate por outros pesquisadores. “Estamos diante de uma das maiores epidemias da história, talvez não em termos proporcionais, devido ao aumento da população, mas certamente em números absolutos”, completou.
O aumento da circulação do mosquito transmissor tem provocado aumento acentuado dos casos confirmados e suspeitos de chikungunya, zika e dengue em Minas. O alerta é mundial, sobretudo por causa da expansão dos casos de microcefalia ligados ao zika vírus.
Em 2016, já foram confirmadas 14 mortes por dengue em Minas e 38 estão sendo investigadas. Em Belo Horizonte, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), já foram registrados seis óbitos causados pela dengue, enquanto os casos de zika chegam a 17. Destes, 10 foram em gestantes. Em apenas uma semana, foram confirmados mais 3.655 casos da dengue na capital..