Diante da onda de violência que amedronta os moradores no entorno da Praça do Papa, agentes armados e câmeras do programa Olho Vivo vão vigiar o cartão-postal no Bairro Mangabeiras, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, durante 24 horas. Em abril, parte do efetivo da Guarda Municipal começará a portar revólveres de calibre 38 e pistolas 380. O comandante da corporação, Rodrigo Sérgio Prates, adianta: “Lá é um posto em que, notadamente, caberá o empenho de arma de fogo”.
“Em fevereiro deste ano, um casal de jovens morreu durante um baile funk clandestino”, recorda um morador que teme revelar a identidade. Dezenas de casas vizinhas foram invadidas por ladrões ou foram alvo de vandalismo, segundo ele. Na tarde de domingo passado, um casal do bairro foi feito refém na própria casa por uma dupla que levou o equivalente a R$ 500 mil em joias e outros objetos.
“
A Praça do Papa é um patrimônio da cidade. Tínhamos ações que, lá, não estavam surtindo resultados esperados em relação à criminalidade. Estava chegando ao aspecto de quase comprometer o tradicional passeio de domingo (das famílias). Por meio de uma iniciativa da prefeitura e da Polícia Militar, houve uma operação de grande impacto no dia 11 deste mês. A partir de então, lançamos um efetivo fixo durante 24 horas na praça”, informou o comandante Rodrigo Sérgio Prates.
O efetivo é de pelo menos três agentes por turno. No entanto, se necessário, reforços chegam em pouco tempo. “Eles têm acesso ao aparato da corporação. Estão interligados por rede de comunicação e, caso seja necessário, têm suporte”, reforçou o comandante. Parte do apoio poderá ser reforçado por outra corporação, a Polícia Militar.
A PM pretende instalar, ainda neste semestre, três câmeras do sistema Olho Vivo no cartão-postal, nas próximas semanas, como informou o coronel Fernando Antônio Arantes, então diretor de Tecnologia e Sistemas da Polícia Militar de Minas Gerais, em fevereiro. Os equipamentos serão financiados pela prefeitura, em atendimento ao Orçamento Participativo Digital (OP Digital) de 2011.
A presença de guardas armados durante 24 horas na praça e a instalação de câmeras são aguardadas com expectativa por moradores e trabalhadores da região. Até quem ganha a vida com segurança fica apreensivo no Mangabeiras.
APREENSÃO Um rapaz que trabalha na guarita montada por moradores da Rua João Camilo Oliveira Torres recorda que, há cerca de três meses, durante um baile funk que não havia sido autorizado pelo poder público, dezenas de jovens fugiram de um arrastão em direção às casas que ele ajuda a proteger.
“Um dos moradores, que é policial, saiu na rua com uma espingarda em mãos. Mandou todos saírem daqui. E eles foram embora. A gente fica com medo de ser assaltado, da violência”, conta o rapaz, que também prefere o anonimato. Os bailes funk não ocorrem desde a morte do casal de jovens, em fevereiro, quando a PM reforçou o policiamento na região.
Mas isso não afugentou os criminosos. No último sábado, continua o rapaz que trabalha na guarita, uma casa na Rua João Camilo Oliveira Torres foi invadida por bandidos. “Levaram objetos de valor. Não havia ninguém na residência. Entraram pelos fundos, acredito.”
Enquanto isso...
Associação aprova vigilância
O presidente da Associação dos Moradores do Bairro Mangabeiras, Alberto Dávila, comemorou a notícia de que guardas municipais armados vão reforçar a vigilância na Praça do Papa. “É ótimo que haja essa vigilância. Era o que a associação vinha pedindo junto às autoridades, que exista um controle, pois a praça é da população de Belo Horizonte. É bom saber que a Guarda Municipal estará controlando uma área que pertence à prefeitura”, afirmou. Segundo ele, a entidade inclusive providenciou uma área que poderá ser usada provisoriamente como ponto de apoio pelos agentes municipais.
“Em fevereiro deste ano, um casal de jovens morreu durante um baile funk clandestino”, recorda um morador que teme revelar a identidade. Dezenas de casas vizinhas foram invadidas por ladrões ou foram alvo de vandalismo, segundo ele. Na tarde de domingo passado, um casal do bairro foi feito refém na própria casa por uma dupla que levou o equivalente a R$ 500 mil em joias e outros objetos.
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A Praça do Papa é um patrimônio da cidade. Tínhamos ações que, lá, não estavam surtindo resultados esperados em relação à criminalidade. Estava chegando ao aspecto de quase comprometer o tradicional passeio de domingo (das famílias). Por meio de uma iniciativa da prefeitura e da Polícia Militar, houve uma operação de grande impacto no dia 11 deste mês. A partir de então, lançamos um efetivo fixo durante 24 horas na praça”, informou o comandante Rodrigo Sérgio Prates.
O efetivo é de pelo menos três agentes por turno. No entanto, se necessário, reforços chegam em pouco tempo. “Eles têm acesso ao aparato da corporação. Estão interligados por rede de comunicação e, caso seja necessário, têm suporte”, reforçou o comandante. Parte do apoio poderá ser reforçado por outra corporação, a Polícia Militar.
A PM pretende instalar, ainda neste semestre, três câmeras do sistema Olho Vivo no cartão-postal, nas próximas semanas, como informou o coronel Fernando Antônio Arantes, então diretor de Tecnologia e Sistemas da Polícia Militar de Minas Gerais, em fevereiro. Os equipamentos serão financiados pela prefeitura, em atendimento ao Orçamento Participativo Digital (OP Digital) de 2011.
A presença de guardas armados durante 24 horas na praça e a instalação de câmeras são aguardadas com expectativa por moradores e trabalhadores da região. Até quem ganha a vida com segurança fica apreensivo no Mangabeiras.
APREENSÃO Um rapaz que trabalha na guarita montada por moradores da Rua João Camilo Oliveira Torres recorda que, há cerca de três meses, durante um baile funk que não havia sido autorizado pelo poder público, dezenas de jovens fugiram de um arrastão em direção às casas que ele ajuda a proteger.
“Um dos moradores, que é policial, saiu na rua com uma espingarda em mãos. Mandou todos saírem daqui. E eles foram embora. A gente fica com medo de ser assaltado, da violência”, conta o rapaz, que também prefere o anonimato. Os bailes funk não ocorrem desde a morte do casal de jovens, em fevereiro, quando a PM reforçou o policiamento na região.
Mas isso não afugentou os criminosos. No último sábado, continua o rapaz que trabalha na guarita, uma casa na Rua João Camilo Oliveira Torres foi invadida por bandidos. “Levaram objetos de valor. Não havia ninguém na residência. Entraram pelos fundos, acredito.”
Enquanto isso...
Associação aprova vigilância
O presidente da Associação dos Moradores do Bairro Mangabeiras, Alberto Dávila, comemorou a notícia de que guardas municipais armados vão reforçar a vigilância na Praça do Papa. “É ótimo que haja essa vigilância. Era o que a associação vinha pedindo junto às autoridades, que exista um controle, pois a praça é da população de Belo Horizonte. É bom saber que a Guarda Municipal estará controlando uma área que pertence à prefeitura”, afirmou. Segundo ele, a entidade inclusive providenciou uma área que poderá ser usada provisoriamente como ponto de apoio pelos agentes municipais.