Jornal Estado de Minas

Psiquiatra mineiro morto em Curitiba pode ter sido vítima do golpe do boa noite Cinderela


O psiquiatra mineiro Carlos Alberto Granato, de 68 anos, que foi encontrado morto em um hotel no Centro de Curitiba, pode ter sido vítima do golpe conhecido como boa noite Cinderela. Nele, o criminoso droga a vítima para depois roubar. O delegado Pedro Felipe de Andrade, responsável pelo caso, informou que aguarda o laudo de necropsia que deve sair em 30 dias. Familiares e um amigo da vítima vão prestar depoimento nesta quarta-feira.



O delegado investiga o caso como latrocínio – roubo seguido de morte. Um suspeito do crime foi flagrado por câmeras de segurança do hotel junto com Carlos Alberto momentos antes do assassinato. As imagens mostram que o médico chegou no sábado à noite acompanhado de um homem não identificado, que usava uma camisa vermelha, cavanhaque e, segundo a polícia, aparentava ter cerca de 40 anos. Eles traziam uma sacola branca com garrafas que parecem ser de cerveja.

As imagens também mostram que pouco depois de terem entrado no quarto, o suspeito foi embora, às 1h40 de domingo, e o médico não mais saiu. No domingo, a camareira chegou a ver o corpo de Granato, que estava nu, estirado sobre a cama, mas a mulher que tinha ido ao quarto para recarregar o frigobar pensou que o hóspede estava dormindo. Como não apareceu por dois dias seguido para o café da manhã, os funcionários do hotel desconfiaram e, após entrarem no quarto, constataram o óbito.



Um dos indícios que levam a polícia a acreditar na hipótese do médico ter sido drogado pelo criminoso é que o corpo não apresentava marcas de violência. “A hipótese mais fortes é do golpe do boa noite cinderela ter vitimado o médico. Não tinha ferimentos no corpo. Estamos aguardando o laudo feito no IML (Instituto Médico Legal)”, explicou o delegado.



As imagens das câmeras de segurança foram divulgadas nas redes sociais para a polícia tentar localizar o suspeito. “Já chegaram algumas informações que estão sendo checadas. Mas, por enquanto o homem não foi localizado ou identificado”, afirmou. Familiares do médico e um amigo que foi até Curitiba buscar o corpo vão prestar depoimento nesta tarde.

O médico era aposentado e o último local onde trabalhou foi no Hospital Galba Veloso, de onde saiu em 2013. Ele morava no Bairro São Lucas, na Região Leste de BH, e estava em Curitiba a passeio, numa viagem que fazia sozinho desde o dia 9, segundo informações da polícia. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o IML já fez todos os procedimentos para a liberação do corpo. Está aguardando, apenas, a família realizar os trâmites legais para fazer o transporte.

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