As agressões aconteceram na madrugada de quarta-feira de cinzas. O crime foi às 4h14, em frente ao número 275. da Rua Carijós. Yuri foi linchado por cinco homens que pularam sobre o seu corpo diversas vezes, até causar traumatismo craniano e matá-lo. A vítima implorou para não ser morta, segundo relatos de testemunhas à PM. Yuri estudou até a oitava série e trabalhava de bicos como garçom e servente de pedreiro. A sua paixão, segundo os familiares, eram os três filhos, duas meninas de 3 e de 5 anos, e um menino de 1 ano e 6 meses.
Francisco foi apresentado na manhã desta quarta-feira pela delegada Ingrid Estevam. Segundo ela, Yuri estava vendendo loló no Centro de BH quando foi abordado por Francisco e seu grupo, que queriam comprar a droga. Eles acabaram discutindo por causa do preço da droga, o que levou às agressões.
As agressões começaram às 3h43. Imagens capturadas por câmeras de segurança da região mostram Yuri tentando atravessar a Avenida Amazonas pelo canteiro central, quando é surpreendido por Francisco, que lhe dá um pontapé e socos. O rapaz caiu e se levantou várias vezes apesar de estar com um dos pés quebrado (a fratura aconteceu antes da agressão). Francisco era acompanhado pelos outros. A perseguição continuou até a Rua Carijós. Um homem de camisa preta dá uma rasteira e derruba Yuri, o que aparece de blusa rosa é o responsável pelas pisadas na cabeça do rapaz, que teve traumatismo craniano. Outro que aparece de camisa listrada furtou os pertences da vítima. Ainda há um quarto homem, de blusa branca, que também participou das agressões. Agora a polícia trabalha para tentar localizá-los.
Segundo Ingrid Estevam, Francisco está com uma tornozeleira eletrônica porque tem que se manter afastado da ex-namorada, que também foi agredida por ele. Durante a apresentação nesta manhã, Francisco disse não se lembrar de ter batido no rapaz, porque bebeu muito na ocasião. Ele sustenta a versão dada à polícia anteriormente, de que estava voltando de uma festa de carnaval quando escutou a vítima chorando e dizendo que estava sendo acusado de ter roubado R$ 10. O instrutor de muay thai afirmou ter afastado Yuri dos agressores e tomado dele uma garrafa plástica com loló (entorpecente à base de clorofórmio e éter). No entanto, testemunhas que presenciaram o crime já diziam que Francisco havia participado do espancamento.