A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) promete a volta da prática de iatismo e da pesca amadora na Lagoa da Pampulha em 10 meses.
As ações para a limpeza da Lagoa da Pampulha já começam nesta quinta-feira. O consórcio Pampulha Viva, ganhadora da licitação, vai usar dois produtos, o Phoslock e depois o Enzilimp, para reduzir o excesso de nutrientes na água e inibir a proliferação de algas, clorofila-A, metais pesados coliformes e a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO). A PBH investiu aproximadamente R$ 30 milhões nesse serviço, que será supervisionado pela Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura e pela Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap).
A intenção da PBH é ter o espelho d'água limpo até o final do ano.
“A análise inicial já foi feita, nós teremos que reduzir determinados índices de clorofila, coliformes, fósforo e algas entre 70% e mais de 90%. Realmente a situação de poluição da lagoa é grave. Mas será utilizado um processo, já testado no Brasil e em outros países, e o consórcio nos garante que em 10 meses as águas estarão adequadas para esportes náuticos, da chamada classe 3, de acordo com a normatização do Conselho Nacional do Meio Ambiente. Teremos, no final do ano, como prevê o contrato, uma excelente qualidade de água não só no visual, mas também no que se refere ao mau cheiro, que costuma acontecer", afirmou Marcio Lacerda.
Os trabalhos para a limpeza da lagoa já vinham sendo feitos. Na primeira etapa, foram retirados 850 mil metros cúbicos de sedimentos da lagoa, segundo a PBH, no desassoreamento realizado ao longo de um ano. As ações foram concluídas em outubro de 2014 e tiveram investimentos de R$ 108,5 milhões.
Nos próximos dias, será lançado edital para a manutenção do desassoreamento da lagoa. A empresa que ganhar terá que retirar 115 mil metros cúbicos de sedimentos por ano, a partir do segundo semestre de 2016. Os trabalhos, da ordem de R$ 83 milhões, será realizado por um período de quatro anos.