Felicidade, do latim felicitate. Estado de quem é feliz. Ventura. Bem-estar, contentamento. Essas são as palavras que definem Matheus Oliveira, o Matheusinho, que, aos 6 anos, já é considerado um herói. O garotinho, apaixonado pelo Cruzeiro, que possui displasia neuronal intestinal, doença que lhe impossibilita de se alimentar por vias naturais, vai completar 7 anos no dia 27 deste mês e já ganhou um presente antecipado: conseguiu, enfim, acesso à educação. O pequeno ainda é portador de deficiência visual provocada pela doença.
Sem acesso à educação formal até então, Matheus recebeu a boa notícia ontem. A Prefeitura de Betim, na Grande BH, por meio do Centro de Referência e Apoio a Educação Inclusiva (CRAEI), informou que disponibilizará, a partir do dia 28, dois professores responsáveis pela alfabetização e pelo ensino do braille ao garoto. Antes disso, o pequeno contava com a ajuda de voluntários para o aprendizado da língua. “Os encontros na casa dele vão ser em quatro dias da semana”, explica Luciane Campos, pedagoga do CRAEI.
O garoto já está liberado pelo médico que o atende no Hospital das Clínicas e deve começar a frequentar o colégio em breve. Ele já está matriculado na Escola Municipal Raul Saraiva Ribeiro. Para a pesquisadora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Lívia Vieira, a convivência de Matheus com outras crianças em idade escolar é de extrema importância para o seu desenvolvimento. “É uma questão de oportunidade, de cidadania e convivência com outras pessoas. Não só para essa criança, mas também para os colegas de sala, que aprendem a lidar com a diferença. Desenvolve-se, também, o espírito de solidariedade”, explica Lívia
O aprendizado em casa com os dois professores tranquiliza a família do pequeno cruzeirense. “Fiquei muito feliz, porque, até então, a gente não tinha nenhuma proposta boa (da prefeitura). O Matheus gostou, falou que está querendo receber os professores em casa, fica cheio de perguntas. Ele é uma criança que aprende muito rápido, é uma criança interessada”, afirma Gecilene Oliveira, mãe de Matheus.
PAIXÃO AZUL Entretanto, a festa com balões, bolo e alegria, que será feita amanhã – uma semana antes do aniversário oficial do garoto – não será completa. Desde o fim de 2015, Matheus trava uma batalha na Justiça para garantir o tratamento da doença rara que acomete seu intestino. O transplante, que ocorreria nos Estados Unidos, custa cerca de US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 3,6 milhões).
Desde outubro de 2015, Gecilene tenta arrecadar o valor para a cirurgia. A campanha, que começou no Facebook e chamou a atenção dos clubes de Minas, teve grande adesão entre jogadores, artistas e desconhecidos. Até agora, foram arrecadados cerca de R$ 700 mil. Porém, a repercussão de que Matheus teria a cirurgia paga pelo governo diminuiu as doações.
“Com a liminar da Justiça, o pessoal parou de fazer o depósito. Agora, a Justiça não resolve essa situação, é complicado demais. Espero que resolva logo, porque meu sonho é que ele tenha uma vida como o das outras crianças”, conta Gecilene, ao explicar que ainda não recebeu da União o valor referente à cirurgia.
Na luta pela vida, Matheus cultiva uma grande paixão: o Cruzeiro. Um dos responsáveis por fortalecer a campanha de doações, o clube é parte de vários momentos marcantes na história do pequeno torcedor. Ida a jogos, ao Centro de Treinamento, festa com a torcida e com o Raposão (mascote do clube) no Mineirão e, em especial, encontros com o atacante Willian. O ídolo de Matheusinho acompanha o caso desde o fim de 2015 e já rendeu situações inusitadas. “Ele adora o Willian. Depois da última vez que ele veio aqui em casa, o Matheus cismou que namora a filha dele”, conta, com bom humor, Gecilene.
COMO AJUDAR
Caixa Econômica Federal
Ag. 2837 – Op.013
Poupança: 12345678-7
CPF: 120.758.876-83
Matheus Teodoro Oliveira
Banco Itaú
Ag. 6506
CC: 31482-0
CPF: 049.687.916.23
Gecilene Oliveira Matos
Sem acesso à educação formal até então, Matheus recebeu a boa notícia ontem. A Prefeitura de Betim, na Grande BH, por meio do Centro de Referência e Apoio a Educação Inclusiva (CRAEI), informou que disponibilizará, a partir do dia 28, dois professores responsáveis pela alfabetização e pelo ensino do braille ao garoto. Antes disso, o pequeno contava com a ajuda de voluntários para o aprendizado da língua. “Os encontros na casa dele vão ser em quatro dias da semana”, explica Luciane Campos, pedagoga do CRAEI.
O garoto já está liberado pelo médico que o atende no Hospital das Clínicas e deve começar a frequentar o colégio em breve. Ele já está matriculado na Escola Municipal Raul Saraiva Ribeiro. Para a pesquisadora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Lívia Vieira, a convivência de Matheus com outras crianças em idade escolar é de extrema importância para o seu desenvolvimento. “É uma questão de oportunidade, de cidadania e convivência com outras pessoas. Não só para essa criança, mas também para os colegas de sala, que aprendem a lidar com a diferença. Desenvolve-se, também, o espírito de solidariedade”, explica Lívia
O aprendizado em casa com os dois professores tranquiliza a família do pequeno cruzeirense. “Fiquei muito feliz, porque, até então, a gente não tinha nenhuma proposta boa (da prefeitura). O Matheus gostou, falou que está querendo receber os professores em casa, fica cheio de perguntas. Ele é uma criança que aprende muito rápido, é uma criança interessada”, afirma Gecilene Oliveira, mãe de Matheus.
PAIXÃO AZUL Entretanto, a festa com balões, bolo e alegria, que será feita amanhã – uma semana antes do aniversário oficial do garoto – não será completa. Desde o fim de 2015, Matheus trava uma batalha na Justiça para garantir o tratamento da doença rara que acomete seu intestino. O transplante, que ocorreria nos Estados Unidos, custa cerca de US$ 1 milhão (aproximadamente R$ 3,6 milhões).
Desde outubro de 2015, Gecilene tenta arrecadar o valor para a cirurgia. A campanha, que começou no Facebook e chamou a atenção dos clubes de Minas, teve grande adesão entre jogadores, artistas e desconhecidos. Até agora, foram arrecadados cerca de R$ 700 mil. Porém, a repercussão de que Matheus teria a cirurgia paga pelo governo diminuiu as doações.
“Com a liminar da Justiça, o pessoal parou de fazer o depósito. Agora, a Justiça não resolve essa situação, é complicado demais. Espero que resolva logo, porque meu sonho é que ele tenha uma vida como o das outras crianças”, conta Gecilene, ao explicar que ainda não recebeu da União o valor referente à cirurgia.
Na luta pela vida, Matheus cultiva uma grande paixão: o Cruzeiro. Um dos responsáveis por fortalecer a campanha de doações, o clube é parte de vários momentos marcantes na história do pequeno torcedor. Ida a jogos, ao Centro de Treinamento, festa com a torcida e com o Raposão (mascote do clube) no Mineirão e, em especial, encontros com o atacante Willian. O ídolo de Matheusinho acompanha o caso desde o fim de 2015 e já rendeu situações inusitadas. “Ele adora o Willian. Depois da última vez que ele veio aqui em casa, o Matheus cismou que namora a filha dele”, conta, com bom humor, Gecilene.
COMO AJUDAR
Caixa Econômica Federal
Ag. 2837 – Op.013
Poupança: 12345678-7
CPF: 120.758.876-83
Matheus Teodoro Oliveira
Banco Itaú
Ag. 6506
CC: 31482-0
CPF: 049.687.916.23
Gecilene Oliveira Matos