Diante do avanço da dengue em Belo Horizonte – que teve aumento de 42,6% nos diagnósticos em uma semana, passando de 9.728 para 13.877 casos confirmados, com mortes de três pessoas, totalizando nove óbitos – a prefeitura publicou ontem no Diário Oficial Municipal (DOM) a Lei 10.918, que permite a interdição de canteiros de obras onde existam focos do Aedes aegypti. Uma determinação que contrasta com a situação em prédios públicos, como o antigo Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Bairro Lagoinha, que passa por reformas e tem mato alto e lixo acumulado no entorno. A construção fica na Região Noroeste – onde há 1.692 pacientes com a doença, a terceira maior incidência na capital – e já foi alvo de denúncias.
A Secretaria de Transportes e Obras Públicas (Setop), responsável pelas obras do prédio, informou que o canteiro de obras compreende a área interna cercada pelo tapume, e que não foi identificado, até o momento, nenhum foco do mosquito no local, que tem sido inspecionado frequentemente. Além disso, garantiu que todas as construtoras que prestam serviço ao estado são orientadas a limpar os canteiros após o término de cada dia de trabalho. A Polícia Civil informou que todo o material presente no prédio pertence à empresa vencedora da licitação e que apenas monitora o andamento da obra. A corporação informou ainda que uma campanha de conscientização será lançada oficialmente na próxima semana, e que o Hospital da Polícia Civil estará envolvido.
A Secretaria Municipal de Saúde afirmou que o prédio do antigo departamento passa por vistorias de rotina a cada dois meses, e que em 16 de fevereiro passou por inspeção em atendimento a solicitação recebida pelo telefone 156, não sendo encontrado foco de Aedes Aegypti. A Regional Noroeste, através da Gerencia Regional de Limpeza Urbana, garantiu que a limpeza nas imediações do complexo da Lagoinha, especificamente no entorno das ruas Pedro Lessa, Formiga e Itapecerica, onde fica o edifício, ocorre duas vezes na semana. O órgão admite que há vários pontos de deposição irregular nestes locais, havendo recolhimentos diários.
INTERDIÇÃO A Lei 10.918, publicada ontem pela administração municipal no DOM, cria um formulário, com título executivo extrajudicial, que deverá ser preenchido e assinado pelo proprietário da obra ou pelo representante legal. Ele deve ser parte integrante do processo de legalização e licenciamento da obra. Com o compromisso firmado, focos do mosquito têm que ser eliminados. A PBH promete fazer fiscalizações periódicas nos canteiros de obra. Se forem constatados criatórios do inseto, os locais serão interditados imediatamente.
Em caso de interdição, o proprietário ou o representante legal deverá requerer, junto à equipe de fiscalização, nova vistoria após providenciar a limpeza. Moradores vão poder contribuir, denunciando obras que favoreçam a proliferação do Aedes aegypti. A lei será regulamentada no prazo de 60 dias e entrará em vigor em 90 dias.
André de Sousa Lima Campos, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), afirma que obras paradas representam risco maior. Ele destaca ainda que, embora a entidade seja totalmente favorável ao combate ao vetor, com ações que já vistoriaram 6 mil imóveis e treinaram centenas de trabalhadores, defende que se regulamente a fiscalização. “Entendemos que a interdição de uma obra possa trazer grande impacto econômico, com complicadores como aumento de custos e repasse aos consumidores, além de desemprego em meio à crise”, diz. A proposta, afirma, é que, diante de qualquer problema, a construtura tenha prazo, mesmo que curto, para se adequar. Apenas em uma segunda vistoria seriam tomadas medidas punitivas.
BOLETIM
O último boletim semanal divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) mostra que até ontem Belo Horizonte registrava 50.049 casos prováveis de dengue, entre suspeitos e confirmados. Destes, 36.172 estão sob investigação. Até o momento, nove óbitos foram notificados na capital, três a mais que há uma semana. Dois ocorreram em hospital privado e um em hospital público de outro município. Dois pacientes eram do sexo masculino, de 66 e 81 anos, e uma do sexo feminino, de 74 anos. A Regional Nordeste aparece com 2.323 diagnósticos confirmados, a maior incidência na capital, seguida da Regional Barreiro, com 2.231, e Noroeste, com 1.692. Além da dengue, outra preocupação é com a zika. Em Belo Horizonte, são 18 casos confirmados.
A Secretaria de Transportes e Obras Públicas (Setop), responsável pelas obras do prédio, informou que o canteiro de obras compreende a área interna cercada pelo tapume, e que não foi identificado, até o momento, nenhum foco do mosquito no local, que tem sido inspecionado frequentemente. Além disso, garantiu que todas as construtoras que prestam serviço ao estado são orientadas a limpar os canteiros após o término de cada dia de trabalho. A Polícia Civil informou que todo o material presente no prédio pertence à empresa vencedora da licitação e que apenas monitora o andamento da obra. A corporação informou ainda que uma campanha de conscientização será lançada oficialmente na próxima semana, e que o Hospital da Polícia Civil estará envolvido.
A Secretaria Municipal de Saúde afirmou que o prédio do antigo departamento passa por vistorias de rotina a cada dois meses, e que em 16 de fevereiro passou por inspeção em atendimento a solicitação recebida pelo telefone 156, não sendo encontrado foco de Aedes Aegypti. A Regional Noroeste, através da Gerencia Regional de Limpeza Urbana, garantiu que a limpeza nas imediações do complexo da Lagoinha, especificamente no entorno das ruas Pedro Lessa, Formiga e Itapecerica, onde fica o edifício, ocorre duas vezes na semana. O órgão admite que há vários pontos de deposição irregular nestes locais, havendo recolhimentos diários.
INTERDIÇÃO A Lei 10.918, publicada ontem pela administração municipal no DOM, cria um formulário, com título executivo extrajudicial, que deverá ser preenchido e assinado pelo proprietário da obra ou pelo representante legal. Ele deve ser parte integrante do processo de legalização e licenciamento da obra. Com o compromisso firmado, focos do mosquito têm que ser eliminados. A PBH promete fazer fiscalizações periódicas nos canteiros de obra. Se forem constatados criatórios do inseto, os locais serão interditados imediatamente.
Em caso de interdição, o proprietário ou o representante legal deverá requerer, junto à equipe de fiscalização, nova vistoria após providenciar a limpeza. Moradores vão poder contribuir, denunciando obras que favoreçam a proliferação do Aedes aegypti. A lei será regulamentada no prazo de 60 dias e entrará em vigor em 90 dias.
André de Sousa Lima Campos, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), afirma que obras paradas representam risco maior. Ele destaca ainda que, embora a entidade seja totalmente favorável ao combate ao vetor, com ações que já vistoriaram 6 mil imóveis e treinaram centenas de trabalhadores, defende que se regulamente a fiscalização. “Entendemos que a interdição de uma obra possa trazer grande impacto econômico, com complicadores como aumento de custos e repasse aos consumidores, além de desemprego em meio à crise”, diz. A proposta, afirma, é que, diante de qualquer problema, a construtura tenha prazo, mesmo que curto, para se adequar. Apenas em uma segunda vistoria seriam tomadas medidas punitivas.
BOLETIM
O último boletim semanal divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) mostra que até ontem Belo Horizonte registrava 50.049 casos prováveis de dengue, entre suspeitos e confirmados. Destes, 36.172 estão sob investigação. Até o momento, nove óbitos foram notificados na capital, três a mais que há uma semana. Dois ocorreram em hospital privado e um em hospital público de outro município. Dois pacientes eram do sexo masculino, de 66 e 81 anos, e uma do sexo feminino, de 74 anos. A Regional Nordeste aparece com 2.323 diagnósticos confirmados, a maior incidência na capital, seguida da Regional Barreiro, com 2.231, e Noroeste, com 1.692. Além da dengue, outra preocupação é com a zika. Em Belo Horizonte, são 18 casos confirmados.