Em breve, os visitantes do Jardim Zoológico de Belo Horizonte terão uma nova atração. Um grupo de oito macacos-barrigudos (Lagothrix cana), um dos maiores primatas da Amazônia, está na área de quarentena do Hospital Veterinário. Os três machos e cinco fêmeas passaram por exames de sangue, raio-x, pesagem e biometria, além de testes físicos. Eles receberam um microchip para serem identificados. Ainda não há data para os animais irem para uma recinto de exposição.
Os macacos-barrigudos, espécie ameaçada de extinção, segundo a International Union for Conservation of Nature (IUCN), chegaram ao zoológico no fim de janeiro. Eles vieram do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), de Porto Velho, capital de Rondônia. O grupo se junta a outras espécies de primatas, como parauacu, cuxiú, macaco-da-noite e sagui imperador. “Esta é uma oportunidade de ampliar a diversidade do grupo de primatas em nosso plantel e isso será um grande atrativo para as pessoas”, comentou a bióloga Valéria Pereira, responsável pela seção de mamíferos do Jardim Zoológico.
Os animais foram separados em três subgrupos. Na quarentena, eles estão passando por série de exames. Será feito um monitoramento do comportamento dos indivíduos. Em seguida, será formado um único grupo social. O novo ambiente para onde serão transferidos posteriormente será do tipo fosso, com muita vegetação, troncos, galhos, estruturas de postes de eucalipto, cordas e quiosque para sombra.
O grupo está passando por uma dieta balanceada. Eles recebem refeições de 3 a 4 vezes ao dia. Entre os itens que fazem parte da alimentação estão salada de frutas (pera, maçã, laranja, goiaba, mamão, banana, melão e uva), legumes (abóbora, batata doce, tomate, mandioca, couve-flor, beterraba e mandioquinha), folhas (couve, alface, almeirão, chicória, cebolinha e acelga), bolinho de ração específica para primatas, moída com banana.