Os trabalhos para a recuperação da qualidade da água da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, continuam. Na manhã desta terça-feira, dois funcionários em um barco faziam a limpeza na superfície da represa. Galhos, sacolas e pneus foram retirados do espelho d'água pelos homens. Na última quinta-feira, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) prometeu a volta da prática de iatismo e da pesca amadora em 10 meses no local.
O consórcio Pampulha Viva, ganhador da licitação, vai usar dois produtos, o Phoslock e depois o Enzilimp, para reduzir o excesso de nutrientes na água e inibir a proliferação de algas, clorofila-A, metais pesados coliformes e a Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO). A PBH investiu aproximadamente R$ 30 milhões nesse serviço, que será supervisionado pela Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura e pela Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap).
A intenção da PBH é ter o espelho d'água limpo até o final do ano, atingindo a classe 3. Segundo a normatização do Conama, para atingir a Classe 3 a Lagoa da Pampulha não poderá ter espumas não naturais, óleos e graxas, substâncias que comuniquem gosto ou odor. Não poderá ter corantes artificiais que não sejam removíveis por processo de coagulação, sedimentação e filtração convencionais, substâncias que formem depósitos objetáveis. O número de coliformes fecais terão que estar a até 4 mil por 100 mililitros em 80% ou mais de pelo menos 5 amostras mensais colhidas em qualquer mês.