Polícia Civil pede prorrogação de segundo inquérito sobre o estouro da Barragem de Fundão

O governo de Minas, BNDES e Fundação Banco do Brasil anunciaram investimentos de R$ 20 milhões em municípios da bacia hidrográfica do Rio Doce

Márcia Maria Cruz

A tragédia deixou 17 mortes, dois desaparecidos e 725 pessoas desabrigadas - Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A PRESS

No dia em que a Polícia Civil de Minas Gerais adiou a conclusão do inquérito que investiga os crimes ambientais decorrentes do rompimento da Barragem do Fundão, em Mariana, o governo do estado divulgou investimento de R$ 20 milhões para projetos de inclusão socioprodutiva, em 40 municípios da bacia do Rio Doce.

O delegado Rodrigo Bustamante, responsável pelo segundo inquérito que investiga os crimes ambientais, entregou à juíza Marcela Oliveira Decat de Moura o pedido oficial de dilação de prazo deste segundo inquérito, que se encerraria nesta terça. Caberá ao Judiciário definir em qual instância judicial o pedido deverá ser avaliado.

RIO DOCE O anúncio do investimento de R$ 20 milhões foi feito em solenidade em Governador Valadares. O montante será repassado em conjunto com a Fundação Banco do Brasil e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Na primeira etapa, a fundação destinará R$ 10 milhões para projetos nas áreas urbanas e rural. Desse montante, 80% serão direcionados a 36 municípios em Minas Gerais e 20% a quatro municípios do Espírito Santo. A Fundação BB será responsável pelo investimento social, enquanto o governo, por meio das secretarias de Estado de Desenvolvimento Agrário (Seda), Planejamento e Gestão (Seplag) e Desenvolvimento Regional e Política Urbana, e Gestão Metropolitana (Sedru), dará apoio técnico às entidades interessadas em apresentar os projetos.

O distrito de Beto Rodrigues foi eliminado do mapa - Foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESSNa segunda etapa, o BNDES vai aportar mais R$ 10 milhões para atender exclusivamente a projetos na área rural.
As ações deverão contribuir para a geração de trabalho e renda, produção e acesso à água para a população das áreas da bacia hidrográfica do Rio Doce. Associações, cooperativas, organizações não governamentais e da sociedade civil podem apresentar propostas de R$ 250 mil a R$ 500 mil. Cada entidade poderá inscrever apenas um projeto, assumindo a responsabilidade pela elaboração e implementação.

As propostas deverão ser apresentadas até 29 de julho nas agências do Banco do Brasil.

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