A Polícia Civil de Belo Horizonte ouviu nesta tarde de quarta-feira o depoimento do responsável pela pichação na Igreja de São Francisco, na Pampulha, tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPhan). O ato de vandalismo foi praticado na madrugada de segunda-feira e, segundo policiais que investigam o caso, o autor foi identificado horas depois do ataque, pois já era conhecido por sua atuação como pichador.
A Polícia Civil não deu mais detalhes do depoimento e da detenção do pichador, afirmando que tudo será esclarecido mais tarde, por meio de uma nota oficial.
O tenente Ricardo Gomes, comandante do setor Pampulha da 17ª Companhia da Polícia Militar (PM),já havia informado na terça-feira a existência de pistas que levariam ao responsável pelo crime, que prevê de seis meses a um ano de detenção, com possibilidade de agravamento da pena. “Temos um suspeito, que deixou vestígios no local. As investigações avançaram muito e há uma força-tarefa trabalhando no caso”, disse o militar.
Na Praça Dino Barbiero, interligada aos jardins da Igreja de São Francisco, há uma câmera do Programa Olho Vivo (sistema de segurança eletrônica) que não flagrou o momento da pichação. O oficial explicou que há probabilidade de o equipamento estar no modo automático ou outra posição, naquele instante, sem o foco no monumento, concebido pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012).