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Estado de Minas

Equipe começa limpeza das pichações na Igrejinha da Pampulha

Trabalhos tiveram início na manhã desta quinta-feira. O serviço vai custar R$ 8 mil aos cofres públicos.


postado em 24/03/2016 10:39 / atualizado em 24/03/2016 10:58

Ver galeria . 10 Fotos O serviço vai custar R$ 8 mil aos cofres públicos e a previsão é de que seja concluído em cinco diasEdésio Ferreira/EM/DA Press
O serviço vai custar R$ 8 mil aos cofres públicos e a previsão é de que seja concluído em cinco dias (foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press )
Uma equipe de restauradores começou a limpeza dos azulejos da Igreja de São Francisco de Assis, a Igrejinha da Pampulha. O cartão-postal de Belo Horizonte apareceu pichado na última segunda-feira. O autor do ato de vandalismo foi preso.

A sujeira foi feita no painel de azulejos de Cândido Portinari, que fica nos fundos, e também nos mosaicos da lateral esquerda, para quem olha a igrejinha de frente. O serviço vai custar R$ 8 mil aos cofres públicos.

Os dois restauradores contratados para o trabalho são Wagner Matias e Denise Camilo. Eles são acompanhados por pesquisadores do Centro de Conservação e Restauração da UFMG. “É uma falta de respeito, consideração e consciência cidadão. Um desrespeito com a cultura e história do país”, comenta o professor e vice-diretor do centro, Luiz Souza.

A previsão é de que o restauro seja concluído em cinco dias. O trabalho é muito minucioso. Há um processo mecânico em que a tinta da pichação é retirada com um bisturi. Os especialistas que acompanham a limpeza alertam que mesmo com a restauração pode haver problemas. Isso porque os azulejos possuem uma espécie de verniz que abre fissuras com o tempo. A tinta entra por essas frestas e é necessário um processo químico com solvente para a retirado. O que, a longo prazo, pode deixar manchas que não são perceptíveis a olho nu, mas detectadas por microscópio. 

O autor das pichações nas paredes da igrejinha da Pampulha, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) é Mário Augusto Faleiro Neto, de 25 anos, que foi identificado, ouvido e indiciado pela Polícia Civil na tarde desta quarta-feira.

Segundo informações da Polícia Militar, o autor do ato de vandalismo mantinha uma página nas redes sociais, exibindo suas pichações em várias regiões de Belo Horizonte.

Faleiro Neto, que disse ser trabalhador, confirmou ser o autor da pichação, mas tentou alegar que desconhecia o fato de o local ser patrimônio histórico. Ele também disse que a intenção era gravar um protesto de apoio à Mariana. O delegado do Meio Ambiente, Aloísio Daniel Fagundes não acreditou na versão apresentada, já que em todas as outras pichações cadastradas pela polícia, ele só havia deixado a 'marca' dele, sem qualquer motivação ideológica.

(Com informações de Guilherme Paranaíba e Sandra Kiefer)


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