A Praça da Liberdade recebeu mais uma manifestação na noite desta sexta-feira.
No entorno da praça, foram instaladas 13 estações representando as passagens de Jesus rumo ao calvário. Na primeira, no Memorial Minas Gerais Vale, a encenação da condenação do Messias deu o tom do sermão político: “Pilatos voltou as costas ao inocente. Disse 'lavo minhas mãos', ato que o imortalizou e está presente na falta de compromisso dos governantes”, disse o celebrante.
O padre Nelson Antônio Linhares explicou a escolha da Praça da Liberdade para a realização da celebração: “O papa Francisco tem pedido para sairmos da igreja e irmos ao encontro das pessoas. Estamos na Praça da Liberdade, palco de manifestações públicas, ponto de encontros, porque o cristão é também cidadão, que defende também a pátria, e, diante da corrupção, da desonestidade e do desemprego, tem sua visão crítica”, justificou Linhares.
Na quinta-feira, durante a Missa da Unidade, que lotou o Mineirinho, reunindo fiéis e sacerdotes das 278 paróquias da capital mineira, o arcebispo metropolitano, dom Walmor Oliveira de Azevedo, já havia dado o tom crítico da igreja diante da crise política. Em sua homilia, dom Walmor falou sobre a necessidade dos católicos se comprometerem com a sociedade brasileira.