O crime foi flagrado em 2006 durante fiscalização do Ministério do Trabalho na Fazenda Vitória, que é arrendada por Luiz Antônio. Na ação, 39 trabalhadores rurais foram encontrados sem registro formal. Todos participavam da colheita de café, e 25 deles eram submetidos a condições degradantes de trabalho e cerceamento da liberdade de locomoção.
Os trabalhadores contaram que trabalhavam de segunda-feira a sábado, incluindo alguns domingos, e cumpriam jornada de 12 horas diárias. Eles eram obrigados a assinar os recibos de pagamento em branco. Além disso, viviam em alojamentos coletivos em um local onde funcionava depósito de agrotóxicos. Não havia camas e os trabalhadores dormiam em colchões no chão.
Foi apurado que Valmir recrutou os trabalhadores em uma fazenda em Barro, no Ceará, com a promessa de trabalho na plantação de café. Eles tiveram que arcar com os gastos do transporte até a propriedade mineira. Por causa disso, Valmir foi indiciado por aliciamento de trabalhadores de um lugar a outro do território nacional. O empregado está foragido.
Luiz Fernandes foi condenado a 15 anos de prisão. Já Santos terá que sete anos, sete meses e 20 dias de prisão. O fazendeiro também foi sentenciado à pena de 4 anos, 8 meses e 20 dias de detenção pelo crime de falsificação de documento público. Os réus também terão que pagar R$ 10 mil de danos materiais. .