Mais uma morte no período chuvoso 2015/2016 foi registrada em Minas Gerais. Um homem de 57 anos foi atingido por um raio na zona rural de Maria da Fé, na Região Sul do estado. Laurinho Soares dos Santos não resistiu aos ferimentos. O laudo da morte ainda não foi entregue para a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec). O operário é a quinta vítima da chuva da temporada.
O homem foi a quinta vítima do período chuvoso. A primeira morreu em Montes Claros, Norte de Minas. Segundo testemunhas, Antônio Luiz Alves Júnior, de 30, foi arrastado pela enxurrada em 23 de novembro, quando tentava impedir que sua motocicleta fosse levada. Segundo o laudo de necropsia, a causa da morte foi afogamento. O segundo a morrer vítima da chuva, segundo a Cedec, foi o fotógrafo Flávio Soares de Oliveira, de 37, morador da capital. Flávio passeava com um grupo pela Serra do Rola Moça, na região metropolitana, quando foi atingido por um raio. Morreu de parada cardiorrespiratória, segundo o laudo.
Já Renata Camilo, que morreu eletrocutada na cidade do Sul de Minas, foi atingida por um fio de alta-tensão que se rompeu com a chuva. O marido dela, Reginaldo André de Souza, de 24, ficou gravemente ferido. Essas quatro mortes já foram oficializadas pela Defesa Civil.
Já Maria Ester Ribeiro, de 59, morreu na tarde de 13 de fevereiro, arrastada pela enxurrada na Rua Diorita, no Bairro Prado. Ela sofreu parada cardiorrespiratória depois de ficar presa debaixo de um carro. Segundo a Cedec, a morte de Maria Ester e de Laurinho ainda não foram incluídas no balanço, pois aguarda a conclusão do laudo das mortes.
Minas Gerais tem 40 cidades em situação de emergência por causa de temporais. As precipitações deixaram 9.755 pessoas desalojadas e 2.927 desabrigadas. Foram 4.283 imóveis danificados, 351 destruídos, 295 pontes com problemas estruturais e outras 217 destruídas. A Cedec contabilizou 10 pessoas feridas.
Onda de lama
Moradores da zona rural de Bom Repouso, no Sul de Minas Gerais, foram surpreendidos por um temporal no fim da tarde de terça-feira. Uma enxurrada formada pela força da água arrastou animais, árvores e carros. O prefeito Edmilson Andrade chegou a afirmar que a cidade viveu “uma réplica menor do que aconteceu em Mariana."