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Estado de Minas

Confusão entre policial civil e militares deixa dois pedestres feridos no Centro de BH

Policiais se desentenderam durante uma abordagem. A arma do civil disparou quando os PMs tentavam imobilizá-lo


postado em 30/03/2016 19:07 / atualizado em 31/03/2016 08:44


O desentendimento entre um policial civil e militares deixou dois pedestres feridos nesta quarta-feira no Centro de Belo Horizonte. A confusão começou durante uma abordagem de agentes do Grupo de Patrulhamento de Área de Risco (Gepar) embaixo de um viaduto ao lado da rodoviária. Um dos abordados era um investigador da Polícia Civil e a arma dele disparou quando os PMs tentavam imobilizá-lo. As vítimas foram socorridas e os envolvidos encaminhados para a Central de Flagrantes da Polícia Civil (Ceflan), onde serão ouvidos.

De acordo com a Polícia Militar, policiais do Gepar foram até a Rua 21 de Abril, no Centro, onde o rastreamento de um telefone celular apontou a localização do aparelho. Ainda na versão da PM, no local estavam quatro homens, entre eles o filho de um investigador da Polícia Civil, de 16 anos. O policial civil teria se identificado para tentar impedir a abordagem dos militares. No entanto, os PMs continuaram a ação ao reconhecerem dois receptadores que atuam na região.

Segundo o major Renato Federici, do 1º Batalhão, o policial civil teria agido de forma agressiva e pegou a arma. Dois militares tentaram imobilizá-lo. Durante a confusão a arma disparou. A bala atingiu o chão e depois a barriga de um pedestre. Vídeo feito pelo filho do policial civil mostra o momento da abordagem e o disparo da arma. Na gravação, é possível ouvir o investigador mandando os PMs tirarem a mão da arma e, após o tiro, criticando a dupla pelo tiro.

Disparo ocorreu quando os militares tentavam tomar a arma do policial civil(foto: Reprodução)
Disparo ocorreu quando os militares tentavam tomar a arma do policial civil (foto: Reprodução)


O filho do investigador contesta a versão dos militares. "Meu pai se identificou como policial e eles continuaram batendo nele, quebraram um cassetete nele. Só pararam porque liguei para a delegacia da Polícia Civil e pedi uma viatura para eles pararem de espancar o meu pai", contou G., de 16 anos. O rapaz contou que estava de saída do trabalho quando foi abordado por PMs à procura de um aparelho celular roubado na região do shopping popular Oiapoque.

O amigo do investigador também dá outra versão sobre o caso. Segundo ele, o policial civil tinha ido ao Centro buscar o filho. O garoto teria sido abordado de forma truculenta. Ao ver a cena, o investigador teria se identificado e também acabou agredido pelos PMs. A testemunha afirma ainda que o civil não sacou a arma.

A outra pessoa ferida foi atingida por estilhaços do disparo de uma arma de choque usada pelos militares. As vítimas foram levadas para o Hospital João XXIII.

A Polícia Civil conta uma outra versão para o caso. A corporação informou que as informações preliminares dão conta de que os policiais militares abordaram várias pessoas no local, entre elas o policial civil. Na ação, o homem tentou se identificar e foi ignorado pelos PMs, dando início à confusão. A Polícia Civil ressaltou que a versão é inicial e que pode ter mudanças após os envolvidos serem ouvidos pelo delegado.


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