Depois da pichação, segurança redobrada para evitar novos danos. Um programa de proteção do patrimônio cultural de Belo Horizonte entrou em prática, ontem, com a Guarda Municipal garantindo a vigilância do conjunto moderno da Pampulha durante 24 horas, informou o presidente da Fundação Municipal de Cultura (FMC), arquiteto Leônidas Oliveira. Segundo ele, a ação já estava programada pela prefeitura, porém, a agressão à Igreja de São Francisco de Assis, na madrugada do dia 21, levou as autoridades a reforçarem o patrulhamento, tanto no templo conhecido como Igrejinha da Pampulha, cuja limpeza já foi concluída, como na Casa do Baile, Museu de Arte (MAP) e outros bens tombados e projetados por Oscar Niemeyer (1907-2012). Outra novidade, desta vez para valorizar o acervo, está nos semáforos, com a substituição dos tradicionais bonequinhos nos sinais de pedestres por ícones de monumentos e prédios históricos, dentro do projeto Cidade Revelada.
O programa Patrimônio Cultural Seguro, acrescentou o presidente da FMC, será desenvolvido em outros pontos da cidade, como o Museu Histórico Abílio Barreto, no Bairro Cidade Jardim, na Região Centro-Sul, e aglomerados onde há centros culturais. O treinamento da Guarda Municipal, com foco em monumentos, também está nos planos da FMC. “Teremos também guardas, e não apenas as patrulhas, em monumentos da Pampulha”, acrescentou. O conjunto arquitetônico modernista é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural Municipal e é candidato ao título de patrimônio da humanidade. O resultado será divulgado entre 10 e 20 de julho, em Istambul, na Turquia, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
DESAFIO Na tarde de ontem, a segurança era intensa no entorno da Igreja de São Francisco de Assis, em um cenário bem diferente dos dias que antecederam a pichação da igrejinha, que emporcalhou painéis de autoria de Cândido Portinari (1903-1962) retratando a via-sacra e São Francisco de Assis. Na Praça Dino Barbiero, ligada ao templo por um calçadão, havia dois carros da Guarda Municipal, patrulheiros passando de bicicleta e, por volta das 15h30, uma viatura da Polícia Militar. “O patrulhamento foi reforçado depois do fato, que teve repercussão negativa. A limpeza pode desafiar outras pessoas a fazerem o mesmo”, explicou a subinspetora da Guarda Municipal, Cristina das Graças Silva.
Livre dos garranchos, o templo modernista volta a fazer a festa para os olhos de moradores e visitantes. A caminho do aeroporto, o gerente de vendas Glauco Camargo, de São Paulo, decidiu parar e ver o monumento. “Já estive aqui outras vezes e é sempre um prazer, pois é muito bonito. Estava na minha cidade quando vi a pichação pela tevê. Não tem explicação fazerem isso”, criticou. Morador do Barreiro, o autônomo Júlio César da Silva gostou de ver o policiamento reforçado e afirmou que segurança constante é “essencial”. Curtindo a folga, os namorados Davidson Jesus, de 23, e Lo-Ammi Dalete, de 21, moradores do Bairro Saudade, na Região Leste, fizeram coro, lembrando a importância da preservação.
O programa Patrimônio Cultural Seguro, acrescentou o presidente da FMC, será desenvolvido em outros pontos da cidade, como o Museu Histórico Abílio Barreto, no Bairro Cidade Jardim, na Região Centro-Sul, e aglomerados onde há centros culturais. O treinamento da Guarda Municipal, com foco em monumentos, também está nos planos da FMC. “Teremos também guardas, e não apenas as patrulhas, em monumentos da Pampulha”, acrescentou. O conjunto arquitetônico modernista é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural Municipal e é candidato ao título de patrimônio da humanidade. O resultado será divulgado entre 10 e 20 de julho, em Istambul, na Turquia, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
DESAFIO Na tarde de ontem, a segurança era intensa no entorno da Igreja de São Francisco de Assis, em um cenário bem diferente dos dias que antecederam a pichação da igrejinha, que emporcalhou painéis de autoria de Cândido Portinari (1903-1962) retratando a via-sacra e São Francisco de Assis. Na Praça Dino Barbiero, ligada ao templo por um calçadão, havia dois carros da Guarda Municipal, patrulheiros passando de bicicleta e, por volta das 15h30, uma viatura da Polícia Militar. “O patrulhamento foi reforçado depois do fato, que teve repercussão negativa. A limpeza pode desafiar outras pessoas a fazerem o mesmo”, explicou a subinspetora da Guarda Municipal, Cristina das Graças Silva.
Livre dos garranchos, o templo modernista volta a fazer a festa para os olhos de moradores e visitantes. A caminho do aeroporto, o gerente de vendas Glauco Camargo, de São Paulo, decidiu parar e ver o monumento. “Já estive aqui outras vezes e é sempre um prazer, pois é muito bonito. Estava na minha cidade quando vi a pichação pela tevê. Não tem explicação fazerem isso”, criticou. Morador do Barreiro, o autônomo Júlio César da Silva gostou de ver o policiamento reforçado e afirmou que segurança constante é “essencial”. Curtindo a folga, os namorados Davidson Jesus, de 23, e Lo-Ammi Dalete, de 21, moradores do Bairro Saudade, na Região Leste, fizeram coro, lembrando a importância da preservação.