O pedestre foi atingido na barriga.
A confusão começou durante uma abordagem de agentes do Grupo de Patrulhamento de Área de Risco (Gepar) embaixo de um viaduto ao lado da rodoviária. Um dos abordados era um investigador da Polícia Civil e a arma dele disparou quando os PMs tentavam imobilizá-lo.
De acordo com a Polícia Militar, policiais do Gepar foram até a Rua 21 de Abril, no Centro, onde o rastreamento de um telefone celular apontou a localização do aparelho.
Segundo o major Renato Federici, do 1º Batalhão, o policial civil teria agido de forma agressiva e pegou a arma. Dois militares tentaram imobilizá-lo. Durante a confusão a arma disparou. A bala atingiu o chão e depois a barriga de Kemerson Kelly. Vídeo feito pelo filho do policial civil mostra o momento da abordagem e o disparo da arma. Na gravação, é possível ouvir o investigador mandando os PMs tirarem a mão da arma e, após o tiro, criticando a dupla pelo tiro.
O filho do investigador contestou a versão dos militares. "Meu pai se identificou como policial e eles continuaram batendo nele, quebraram um cassetete nele. Só pararam porque liguei para a delegacia da Polícia Civil e pedi uma viatura para eles pararem de espancar o meu pai", contou G., de 16 anos. O rapaz contou que estava de saída do trabalho quando foi abordado por PMs à procura de um aparelho celular roubado na região do shopping popular Oiapoque.
O amigo do investigador também deu outra versão sobre o caso. Segundo ele, o policial civil tinha ido ao Centro buscar o filho. O garoto teria sido abordado de forma truculenta. Ao ver a cena, o investigador teria se identificado e também acabou agredido pelos PMs. A testemunha afirma ainda que o civil não sacou a arma.
Na quarta-feira, a Polícia Civil contou uma outra versão para o caso. A corporação informou que as informações preliminares dão conta de que os policiais militares abordaram várias pessoas no local, entre elas o policial civil. Na ação, o homem tentou se identificar e foi ignorado pelos PMs, dando início à confusão. A Polícia Civil ressaltou que a versão era inicial e que poderia ter mudanças após os envolvidos serem ouvidos pelo delegado. O em.com.br entrou em contato com a corporação novamente na manhã desta quinta-feira e aguarda resposta. (Com informações de João Henrique do Vale, Thiago Lemos e Fernanda Penna – TV Alterosa).