MP do Rio e Polícia Civil cumprem mandados contra traficantes em Minas

Segundo as investigações, bando atuava no Rio de Janeiro, Minas e São Paulo

Estado de Minas
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil cumprem mandados judiciais contra criminosos envolvidos no tráfico de drogas em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul.
Segundo o MP do Rio, são 59 mandados de prisão preventiva contra os acusados dos crimes de associação para o tráfico e tráfico de drogas. Também estão sendo cumpridos 62 mandados de busca e apreensão. Ao todo, 66 envolvidos foram denunciados.

De acordo com as investigações, o bando atuava em municípios do Rio de Janeiro (em especial, Barra Mansa, Resende, Itatiaia, Porto Real, Rio Claro, Angra dos Reis e Volta Redonda), São Paulo (capital, Campinas, Roseira e Pindamonhangaba), Minas Gerais (Cruzília e Bocaina de Minas, no Sul do estado) e Mato Grosso do Sul (Coronel Sapucaia e Dourados) e era liderado por Denilson Benaque Cortat, conhecido como “Carvoeiro”.

De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro, os núcleos fornecedores eram radicados em São Paulo e em Mato Grosso do Sul e atuavam em conjunto, adquirindo drogas e insumos utilizados no preparo dos entorpecentes manipulando o material principalmente em uma “refinaria” localizada em Pindamonhangaba, São Paulo. Posteriormente, a carga era remetida para a Região Sul Fluminense/RJ, onde “Carvoeiro” contava com uma extensa rede de traficantes, responsáveis pela movimentação, distribuição e venda de seus entorpecentes.

Parte da droga também servia para suprir a célula da quadrilha sediada em Minas Gerais, em Bocaina de Minas. Pela condição geográfica favorável, localizada próximo à tríplice divisa, a cidade era usada como ponto de partida para abastecer outros traficantes de São Paulo, Rio e Minas.

Já o segundo grande núcleo de fornecedores atuava em Mato Grosso do Sul e tinha como principal operador Pedro Russian. Juntamente com outros traficantes, Pedro trabalhava desde a colheita até a venda dos entorpecentes, incluindo o transporte para outros estados realizado em veículos “clonados”, com documentos falsos.

Ainda segundo o Ministério Público carioca, a Operação Éden é um desdobramento da Operação Adrien.
Realizada em abril de 2015, cumpriu 26 mandados de prisão e localizou cinco refinarias do tráfico, três na cidade de São Paulo, uma em Pindamonhangaba e outra em Piraí, no Sul Fluminense. Ao longo das investigações, iniciadas em meados de 2014, diversas prisões foram efetuadas, bem como a apreensão de aproximadamente 65 quilos de material entorpecente e vasta quantidade de material utilizado no preparo da droga, parcialmente localizados em refinaria mantida na capital de São Paulo. 

Com informações do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ)
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