José Januário da Silva, conhecido como Índio (no detalhe), dormia na calçada quando foi agredido - Foto: Andréa Silva/EM/DA Press - Polícia Civil/DivulgaçãoO homem apontado como responsável pelo assassinato do morador de rua José Januário da Silva, de 57 anos, morto com chutes na cabeça quando dormia sob uma marquise no Centro de Belo Horizonte em janeiro, foi indiciado pela Polícia Civil por outro assassinato. Segundo a corporação, Cristiano Barbosa dos Reis, o Magrão, de 25 anos, teria contado com a ajuda de um adolescente de 17 anos para matar Paulo Henrique da Silva e Silva, de 18, na noite do réveillon. 

A delegada responsável pelas investigações Francione Fintelman, representou pela prisão preventiva de Cristiano, que já foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

Paulo Henrique foi assassinado na noite do dia 31 de dezembro de 2015, no Bairro Carlos Prates, Região Noroeste da capital. De acordo com a Polícia Civil, a motivação do crime foi a disputa pelo tráfico de drogas na região. “No dia do crime, a vítima estava em companhia da namorada quando Cristiano e o adolescente chegaram. Eles iniciaram uma discussão e, minutos depois, Cristiano sacou a arma e a entregou ao adolescente, que disparou uma única vez contra Paulo Henrique”, explica a corporação.

Cristiano está preso no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) desde fevereiro, quando foi detido pela morte de José Januário. Segundo a polícia, ele tem registros por furto qualificado, falsidade ideológica, roubo e homicídio qualificado. Além disso, é investigado em outros dois inquéritos onde aparece como suspeito de homicídio.  

Câmeras flagraram morte no Centro

O assassinato de José Januário da Silva aconteceu na madrugada de 15 de janeiro. Ele dormia na calçada na Rua 21 de Abril, perto da rodoviária de Belo Horizonte, quando foi agredido com vários chutes na cabeça. Durante as investigações, a polícia descobriu que Cristiano teve uma lesão no pé direito por conta da violência empregada na ação.

Testemunhas disseram à Polícia Civil que o suspeito estaria irritado com o morador de rua, que ficava alterado quando consumia drogas, causando incômodos à atividade criminosa operada por Cristiano. Além disso, segundo a polícia, o crime pode estar relacionado a dívidas de droga que a vítima havia contraído com o suspeito. Levantamentos indicam que o suspeito era responsável pela distribuição de drogas que seriam vendidas no centro da capital. Durante a apresentação dele pela Polícia Civil, em 12 de abril, ele negou o crime..